O que muda para Neymar no PSG

Ausente na rodada de abertura do Campeonato Francês, Neymar fez sua estreia no segundo jogo, fora de casa, contra o Guingamp. A partida despertou interesse mundial e no Brasil quebrou recordes. O Sportv transmitiu a partida e teve a maior audiência na TV paga no horário, atingindo 2,8 milhões de telespectadores. Foi a maior audiência de um jogo do Francês na história dos canais fechados. Neymar fez um gol e uma assistência e não decepcionou o público. Na terceira rodada, o craque brasileiro se apresentou pela primeira vez em sua nova casa, o Parque dos Príncipes. A torcida do PSG lotou o estádio, eufórica. E viu mais dois gols e duas assistências de seu ídolo na goleada por 6 a 2 sobre o Toulouse. Apesar da ausência na estreia, Neymar divide a artilharia do time com Cavani (e poderia ser diferente se ele tivesse cobrado o pênalti que sofreu em Paris) e é o líder em assistências. Elogiado pela imprensa do mundo todo, Neymar arrancou um comentário inesperado do presidente do Lyon, heptacampeão francês de 2001/02 a 2007/08. “Que jogo do Neymar no PSG. Inquietante para o resto das equipes da Liga. Vai ser difícil pensar numa competição equilibrada entre os times”, escreveu Jean Michel Aulas em sua conta no Twitter. Esse começo brilhante de Neymar em Paris não significa — ainda — que ele tomou a decisão correta ao sair da sombra de Messi no poderoso Barcelona para assumir o papel de protagonista em um clube que nunca conseguiu chegar às quartas de final da Liga dos Campeões. Mas já fica claro que agora Neymar terá oportunidade de brilhar ainda mais. No PSG, sua participação nas partidas será muito maior. Na Espanha, o brasileiro ficava mais restrito ao lado esquerdo do ataque. E a primeira opção dos armadores era Messi. Agora é diferente. Neymar flutua por todo setor ofensivo, é procurado o tempo todo pelos companheiros, cobra mais faltas e participa de mais jogadas. É evidente que suas médias de gols e assistências vão crescer de forma significativa. Hoje o PSG volta a campo para enfrentar o Saint-Etienne, time que também venceu as três primeiras partidas e único que ainda não sofreu gols no Campeonato Francês. É mais um desafio local para o craque brasileiro que quer conquistar a França, a Europa e o mundo. Para isso, terá que provar que é capaz de transformar o Paris Saint-Germain em algo muito maior do que é hoje.