JOGO RÁPIDO

O que Chamusca precisa ajustar

Coluna publicada na edição de 21/9/18 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
carlo@rac.com.br
21/09/2018 às 00:02.
Atualizado em 22/04/2022 às 02:12

A Ponte Preta é a única equipe da Série B que não conseguiu vencer nenhuma vez em suas últimas seis apresentações. Também é a equipe que está a mais tempo sem marcar — três partidas — e por isso tem o pior ataque entre os dez primeiros colocados do campeonato. Essa sequência irregular começou há cinco semanas, depois de uma tranquila vitória por 3 a 1 sobre o Criciúma, no Majestoso. Ao final da 21ª rodada, a Macaca tinha 32 pontos, apenas um a menos do que o quarto colocado. O clima era de confiança no Majestoso, já que, ao contrário do que aconteceu no primeiro turno, o time poderia jogar com o apoio de sua torcida durante todo o returno. A expectativa era de crescimento e o G4 estava logo ali. Quatro empates e duas derrotas depois, tudo mudou. O InfoBola calcula que a Ponte tem apenas 3% de chances de subir. E se não vencer no estádio Olímpico hoje, esse número ficará ainda menor. A situação é crítica porque o Goiás é o quarto melhor mandante da Série B. Nos últimos cinco jogos em casa, ganhou todos, marcando 11 gols e sofrendo três. Faltam 11 rodadas e o que a Macaca precisa fazer é voltar, o quanto antes, ao cenário da 21ª rodada, quando fazia parte do bolo de candidatos ao acesso. Quanto tempo será necessário para isso? Talvez seis rodadas sejam suficientes. Foi nesse período que o time perdeu contato com o primeiro pelotão. Como vários concorrentes também andam tropeçando, é possível voltar à briga e ver o que será necessário na reta final. Esse cenário é improvável. É muito difícil se aproximar do G4 quando as chances de acesso despencam para 3%. Marcelo Chamusca, portanto, tem uma série de desafios para superar. Antes de mais nada, o treinador precisa fazer com que o elenco realmente acredite que ainda dá tempo de reagir. Os jogadores precisam se entregar em campo em busca de cada vitória, sem pensar no preocupante número de 3%. Se o rendimento nas últimas cinco semanas foi um desastre, nas próximas precisa beirar a perfeição. Chamusca também precisa fazer com que a Ponte jogue melhor. Com exceção do jogo contra o lanterna Sampaio Correa, no qual criou chances e não marcou por erros de finalização, o time tem criado muito pouco. André Luís é agressivo e com frequência incomoda os adversários, mas seus companheiros de ataque não têm colaborado, assim como os meias. Esse é, notoriamente, o ponto fraco de uma equipe que fez um gol nos últimos 540 minutos. É aqui que Chamusca precisa, imediatamente, fazer ajustes.

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