JOGO RÁPIDO

O papel do Guarani na Série B

Coluna publicada na edição de 25/5/17 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
25/05/2017 às 00:11.
Atualizado em 22/04/2022 às 19:12

Em sua melhor apresentação na Série B, o Guarani fez 2 a 0 no Figueirense, de longe o melhor adversário que enfrentou até aqui. O time catarinense entrou em campo na condição de líder e com muita confiança na conquista de sua terceira vitória consecutiva. Tanto que, ao final da partida, Jorge Henrique não escondeu a decepção. “Não podemos perder para um time desse”, lamentou o atacante de 35 anos. A frase de Jorge Henrique mostra que o Guarani não é visto pelos adversários como um candidato ao acesso. O fato de ter fracassado na Série A2 e perdido algumas brigas no mercado (os zagueiros Neylhor, Ferreira e Leandro Amaro e o atacante Ricardo Bueno interessavam ao Bugre, mas assinaram com clubes que ofereceram salário maior) fez com que o time de Vadão fosse visto como um concorrente de pretensões modestas. Para muitos analistas, o Guarani ficará satisfeito se conseguir permanecer na Série B. É uma expectativa natural até mesmo para boa parte da torcida bugrina, que sofreu com o time na terceira divisão de 2013 a 2016. Ainda é muito cedo para saber qual será o papel de qualquer time da Série B, com exceção do claro favoritismo do Internacional em virtude de seu incomparável poder financeiro. O próprio Vadão admitiu isso na entrevista que concedeu após a vitória de terça-feira. Mas acredito que hoje ele está bem mais otimista do que antes da estreia contra o Brasil. O Guarani venceu as duas partidas que disputou em casa, mesmo com portões fechados, e esteve perto de pontuar em Recife, com uma atuação ao menos razoável diante do Santa Cruz. É uma ótima largada, principalmente se levarmos em consideração que muitos dos 14 reforços contratados até o momento ainda não estão à disposição de Vadão. Os que já entraram em campo deixaram boa impressão. Claudinho tem uma assistência, Caíque tem um gol, o garoto Salomão fez seu primeiro jogo como profissional e deu conta do recado, Denner entrou no lugar de Evandro e foi muito bem e Vagner, que assim como Leandro Santos também estava gripado, transmitiu segurança em seus primeiros minutos como goleiro do Bugre. Teoricamente, esse time tende a crescer, não apenas pelo período de dez dias de treinos que terá pela frente, mas também porque em breve Vadão poderá contar com mais peças, como Ewerton Páscoa, Richarlyson, Luiz Fernando e Rafael Silva. É cedo para fazer qualquer previsão sobre o papel do Guarani na Série B. Mas já há indícios de que o Figueirense não será o único a perder para um “time desse”.

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