ig-zeza-amaral (AAN)
Fico danado com o diabo quando ouço gente que não vê hóstia desde a primeira comunhão querendo ditar regras à Igreja Católica. E diabo viro mesmo quando o crítico foi batizado, e nela casado — e o raro leitor deve conhecer muita gente assim, não é mesmo?
O que essa gente tem contra pessoas que acreditam no perdão, no entendimento, na elegância do confronto intelectual, na busca do consenso, enfim, na árdua tarefa de se aproximar da Verdade? O que essa gente tem contra uma Igreja que abraça e perdoa seus pecadores enquanto abomina o pecado, hein?
Já nem se trata de ideologias natimortas, mas de estupenda burrice pessoal e intransferível. E com gente assim não se brinca em serviço: é preciso muito cuidado e argúcia pois são capazes de usar o bem para o mal e fazer dos mensalões um dízimo para o bem do povo. É o tal direito achado na rua, do coletivo, em detrimento ao do indivíduo, do homem comum que não pertence a nenhuma categoria, dos que não são pretos, brancos e pobres militantes, dos que não são homossexuais com ONG para chamar de sua, mas, sim, do trabalhador que entrega cinco meses de salário apenas para pagar impostos a um governo que usará parte substancial para financiar exatamente a maioria dos vagabundos ideológicos que lhe dará sustentação eleitoral quando for chegada a hora — e isso acontece a cada dois anos, é bom lembrar.
Dilma Rousseff, no momento a presidente de todos nós, fez parte da equipe de inteligência de um grupo comunista de terroristas, Var-Palmares e Molipo, que matou, sim, muita gente inocente, no período da ditadura militar, com o objetivo de implantar no Brasil uma ditadura de esquerda. Diz ela que foi torturada quando presa e o sagrado direito da inocência tem de ser respeitado, é claro. Mas a evidência maior é que hoje ela ocupa o maior cargo do País graças à democracia que ela tanto combateu. E isso é fato e história que vivi, comunista que fui e, devo dizer, envergonhado por viver anos em crassa ignorância ideológica.
Dilma Rousseff foi cumprimentar o papa e nos poucos minutos que esteve com ele gastou dezenas de milhares de reais dos cofres públicos do País. Bem poderia ter se hospedado na luxuosa embaixada brasileira de Roma, localizada em histórico e confortável palácio do século XV, o Doria Pamphilij, mas não, preferiu acomodar-se a si e sua comitiva em hotel cinco estrelas, o Westin Excelsior, hospedaria de celebridades, onde a diária está por volta dos R$ 6 mil.
O papa Francisco é jesuíta e chegou a chefe do Vaticano lavando as próprias vestes, cozinhando o próprio alimento, andando a pé e de ônibus e, é claro, estudando teologia, farmácia e algumas línguas. Dilma foi comunista derrotada pela história, faliu um pequeno negócio de 1,99 em Porto Alegre, mentiu na sua biografia universitária (nunca foi doutora de nada) e está presidente da República. Dias atrás, ela afirmou que na política ela faz o “diabo” para se eleger. E aqui estou eu para não contradizê-la. Deus, pelo visto, tem um incrível senso de humor.