JOGO RÁPIDO

O Palmeiras terá de ser perfeito

Coluna publicada na edição de 31/10/18 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
carlo@rac.com.br
31/10/2018 às 00:02.
Atualizado em 05/04/2022 às 23:02

Para chegar à final da Libertadores, o Palmeiras terá que ser perfeito do primeiro ao último minuto do jogo de hoje contra o Boca Juniors, A seu favor, a qualidade de seu elenco, o melhor do continente, e o apoio da torcida que vai lotar o Allianz Parque. O Boca, porém, conta com mais trunfos. A vantagem de poder perder por um gol de diferença (e até por dois, desde que balance as redes em São Paulo) é considerável em qualquer situação. Para uma equipe de tanta tradição, com seis títulos da Libertadores, a vantagem é ainda maior. O Boca tem um time experiente e catimbeiro, que saberá tirar proveito da situação ao menor sinal de desespero dos donos da casa. Outra vantagem de argentinos em confrontos com brasileiros é a aplicação tática. Nesse aspecto, os nossos vizinhos se assemelham aos clubes europeus. E essa capacidade de se recompor mais rapidamente após a perda da posse de bola ajuda demais quem joga com o relógio a ser favor, sem a obrigação de marcar o gol. A tendência é que o Boca não dê espaços ao Palmeiras enquanto o placar lhe for favorável. O último trunfo dos visitantes é a catimba. E é uma vantagem que também será potencializada em um cenário como o de hoje no Allianz Parque. O Palmeiras tem em Dudu e Felipe Melo dois atletas importantes e explosivos. É certo que serão os alvos preferenciais de qualquer tipo de provocação do Boca. É por tudo isso que o Palmeiras terá que beirar a perfeição para avançar à grande decisão. O mínimo que o time de Felipão precisa para se classificar é uma vitória por 2 a 0. O placar não é absurdo, longe disso. E nem precisa ser construído logo no começo. O jogo de ida é um exemplo disso. O atacante Benedetto entrou a 15 minutos do final, fez dois gols e deu ao Boca um favoritismo que estava nas mãos dos palmeirenses. Mas em uma partida como a de hoje, o Palmeiras não terá essa paciência. A ansiedade e, principalmente, a torcida empurrarão o time à frente desde o início. E é nesse aspecto que será necessário ser ‘perfeito’. O Palmeiras precisa agredir o Boca Juniors, um adversário forte que não lhe dará espaços. Com o cronômetro correndo e a torcida cantando, será impossível atacar sem se expor aos contra-ataques. Para se sair bem de tantas adversidades, o Palmeiras precisa de um gol o quanto antes. Isso pode tirar os argentinos da zona de conforto proporcionada pela vantagem conquistada na Bombonera. Mas, mesmo se estiver vencendo por 3 a 0, não poderá tomar um gol. A disputa está aberta, mas o favoritismo é azul e amarelo. O Palmeiras terá que viver uma noite histórica para manter vivo o sonho de seu bicampeonato da Libertadores.

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