Coluna publicada na edição de 26/10/18 do Correio Popular
O jejum de vitórias da Ponte Preta no fim do trabalho de João Brigatti e durante as cinco partidas disputadas sob o comando de Marcelo Chamusca comprometeram a campanha na Série B. Tanto é verdade que, mesmo após as três vitórias consecutivas com Gilson Kleina, o time ainda se vê em situação desconfortável. As chances de acesso, segundo o site InfoBola, são de apenas 6%. É muito pouco, apesar de Macaca ser a única equipe entre os 20 participantes a ter conquistado nove pontos em suas últimas três partidas. Mas o que pode acontecer se a Ponte Preta voltar a vencer hoje? O que mudaria se o time conquistasse três pontos diante de 60 mil pessoas, enfrentando o líder Fortaleza? Matematicamente, pouca coisa. O time chegaria a 49 pontos, as chances aumentariam um pouco, mas os integrantes do G4 seguiriam com boa vantagem. Subir continuaria sendo uma missão difícil. Muito difícil. Mas Kleina disse uma frase durante a semana que é muito forte. Quando ele chegou, a Ponte tinha nove jogos pela frente e precisava ganhar todos. Ainda falta muita coisa, mas, como destacou o treinador, o time já conseguiu vencer três partidas, uma delas na casa do CSA, concorrente direto na briga pelo acesso. Mesmo com tudo isso, o objetivo segue distante, mas imaginem como a equipe ganharia confiança se conseguisse, desfalcada e na casa do líder, vencer a quarta partida seguida. A partir disso, já seriam quatro vitórias em nove jogos. E os dois próximos compromissos serão no Majestoso, contra São Bento e Boa. Impossível somar seis pontos em casa ? Claro que não. O jogo de hoje tem o poder de transformar o que é quase impossível em um desafio alcançável. Se chegar a seis vitórias seguidas, talvez a Ponte nem precise ganhar as nove. O acesso, praticamente descartado, passaria a ser uma meta a ser encarada com seriedade pelo clube. Mas para que possa sonhar daqui a duas semanas, a Ponte Preta precisa vencer o Fortaleza. Seria uma demonstração de força que deixaria o G4 ao alcance de sua visão. Caso seja derrotada hoje — como foram os últimos três times que foram ao Castelão —, a Ponte verá sua chance de 6% ficar ainda menor. O quarto colocado sumirá de vista. E mesmo duas vitórias em casa não serão suficientes para deixá-la à porta da zona de classificação. Em apenas três rodadas, Gilson Kleina interrompeu uma fase perigosa e acabou com qualquer risco de rebaixamento. Foi para isso que foi contratado. Se vencer o confronto com Rogério Ceni, assumirá uma nova e ambiciosa missão.