Marcha se espalha por todo o País e leva a insatisfação para as ruas: mais de 1 milhão foi para as ruas
Ninguém sabe ao certo como o Brasil sairá desta onda de manifestações. Mas certamente todo brasileiro já sabe que o País não será o mesmo.
Revolta, indignação e patriotismo foram sentimentos que embalaram milhares de pessoas nesta quinta-feira (20) no dia mais significativo da onda de protestos que varre o País.
Campinas, Santos, Rio Claro, Piracicaba, Limeira, Ribeirão Preto, Bauru, Jaú, São Paulo, Rio, Belém, Salvador, Brasília, Recife, Florianópolis, Vitória, Campo Grande, Porto Alegre, Maceió e centenas de outros municípios brasileiros engrossaram a maré popular, alimentada por fortes ventos de mudanças.
Junto ao “efeito dominó” que exige uma nova e respeitosa forma de fazer política, um grupo optou pelo excesso e protagonizou cenas lamentáveis de agressão e destruição — saques, ataques a ônibus e a prédios e muita confusão com as forças de segurança.
Uma violência rejeitada em tempo real pelos outros manifestantes, que se afastavam da confusão e mantinham o desejo do protesto pacífico.
Mais uma vez, Brasília abrigou nova manifestação. Diferentemente da última terça-feira (18), quando uma multidão ocupou as rampas e marquises do Congresso Nacional, a Polícia Militar bloqueou a área externa do prédio e impediu que a cena se repetisse.
No entanto, os gramados do Legislativo se transformaram numa sangrenta praça de guerra.
O Rio, por sua vez, ofereceu o espetáculo mais grandioso da marcha histórica desta quinta-feira (20).
Pelo menos 300 mil pessoas participaram do ato pelas ruas da cidade, em atitude em sua maioria pacífica e ordeira.
A violência coube aos grupos minoritários de sempre. Em Belém, capital paraense, houve tentativa de invasão dos manifestantes à sede da Prefeitura local. Houve confronto e a Tropa de Choque da PM teve de intervir.
Os protestos em todo o País superaram a casa do 1 milhão de participantes.