JOGO RÁPIDO

O campeão, Jair Ventura e o VAR

Coluna publicada na edição de 19/1018 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
19/10/2018 às 02:00.
Atualizado em 06/04/2022 às 01:25

Ao conquistar a Copa do Brasil dentro da Arena Corinthians, o Cruzeiro alcançou duas marcas importantes. Com seis títulos, passa a ser o maior campeão do torneio. Além disso, é o primeiro time a levantar o troféu em dois anos consecutivos. São feitos impressionantes. Só para comparar, o Cruzeiro tem mais títulos da Copa do Brasil do que São Paulo (0), Santos (1), Fluminense (1), Atlético Mineiro (1), Vasco da Gama (1) e Internacional (1) juntos. O título foi mais do que merecido. Com um elenco muito superior, o time mineiro venceu os dois jogos da final, o que aconteceu apenas outras três vezes na história, com Atlético-MG (2014), Flamengo (2006) e Corinthians (1995). O maior elogio que pode ser feito ao Corinthians nessa decisão é que não faltou entrega dos jogadores. E lutar até o fim em uma decisão é o mínimo que se espera de qualquer time profissional. No mais, o Timão ficou devendo. Apresentou um futebol pobre, atacou pouco e encontrou enorme dificuldade para finalizar as jogadas. O problema é que essa não é uma deficiência constatada apenas nas finais. O Corinthians vem muito mal no Brasileirão e, apesar da perda de peças importantes do elenco, o técnico Jair Ventura também tem responsabilidade pelas apresentações ruins. Não há nada que justifique a ausência de Pedrinho entre os titulares na decisão. Se o Corinthians estivesse em boa fase, com peças de qualidade no setor ofensivo, tudo bem. Aí sim seria aceitável que o garoto ficasse no banco. Mas o Corinthians é um time que mal consegue chutar a gol. Pedrinho se destaca demais no elenco e deveria ser titular em uma partida em que só a vitória interessava. Jair Ventura escalou mal e viu seu time fazer um primeiro tempo medíocre. Por fim, o VAR. O árbitro mudou duas marcações de campo após rever os lances em vídeo. No primeiro, marcou um pênalti para o Corinthians. É um lance difícil mesmo com a tecnologia. Ouvi ex-árbitro dizendo que foi pênalti e ex-árbitro afirmando que não foi. Eu mesmo às vezes acho que foi e às vezes que não. Acredito que os árbitros que acompanham as imagens só devem alertar o de campo em lances de equívoco claro. O jogo não deve parar em lances interpretativos como esse. Na falta de Jadson em Dedé, a arbitragem acertou. Embora desnecessária, a falta ocorreu. Não importa se o gol foi muito bonito, se Dedé levou um tapa no peito e colocou a mão no rosto e nem se o meia é muito menor do que o zagueiro. O vídeo mostra que ocorreu uma infração antes do chute de Pedrinho e isso justifica a anulação do gol.

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