CUSTO BRASIL

Número de hóspedes e de navios vem caindo

Alto custo operacional e infraestrutura deficiente no Brasil fazem com que armadoras procurem outros destinos

Eduardo Gregori
03/11/2013 às 01:01.
Atualizado em 26/04/2022 às 09:31

Apesar da expectativa de crescimento do turismo de cruzeiros marítimos no Brasil, a realidade é que este mercado tem feito o caminho inverso. Dados da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) mostram que na temporada 2012/2013 os navios transportaram 732 mil passageiros, 9% menos que na temporada 2011/2012, quando viajaram mais de 805 mil pessoas. O País vem gradativamente recebendo um número menor de transatlânticos: em 2010/2011 foram 20; em 2011/2012 foram 17; em 2012/2013 foram 15; e este ano serão 11. Um dos principais motivos para a debandada é o alto custo da operação. Um levantamento da Abremar mostra que o porto de Santos cobra US$ 44 mil pela praticagem (manobra), valor mais alto do que é cobrado em portos de Nova York, Sydney e Veneza. Outro problema diz respeito a infraestrutura. Para o secretário executivo do Ministério do Turismo, Sérgio Braune, é preciso “melhorar a infraestrutura portuária adaptando-a aos cruzeiros marítimos, para que o turista seja melhor recebido. É necessário também ouvir mais o setor face à sua grande importância para o turismo brasileiro”, afirmou. Mesmo com um cenário nebuloso, a expectativa da Pullmantur é hospedar 150 mil passageiros, número similar ao de 2012. Em comparação com o ano passado, a companhia está cerca de 15% acima em número de reservas. Um dos atrativos, de acordo com a Pullmantur, é sistema all inclusive. A companhia é a única a oferecer o serviço no Brasil, além de cobrar apenas taxas portuárias e de serviço a crianças menores de 12 anos.

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