EDITORIAL

Novo comando da PM e a luta contra a covid

Está sendo organizada a operacionalização da vacinação nas próprias unidades militares, para não sobrecarregar os postos de saúde.

Correio Popular
29/03/2021 às 16:29.
Atualizado em 22/03/2022 às 02:15

Campinas tem um novo comandante regional da Polícia Militar (PM): o coronel Renato Nery Machado, que chega para substituir o coronel José Ricardo Trevisan Arantes. Em entrevista ao Correio Popular, publicada na edição deste domingo, ele falou, entre outras coisas, sobre novas estratégias no combate ao crime. Uma delas: "Sou contra bases físicas fixas. Para manter uma base estática preciso de 12 policiais. Com esse número eu coloco seis viaturas em ronda permanente." O jornal considera essa uma decisão acertada.

Destacamos, porém, as declarações do comandante em relação a conscientização dos policiais sobre a importância dos protocolos sanitários e dos desafios da corporação durante a pandemia do novo coranavírus.

Em um contexto em que policiais estão vulneráveis, atuando ainda sem vacinação na abordagem de pessoas sem máscara e na desmobilização de aglomerações e festas clandestinas, devemos elogiar a preocupação demonstrada pelo coronel Nery Machado em relação ao modus operandi de seus subordinados durante as atividades operacionais.

Embora tenha dito que a orientação é a mesma em todo o Estado de São Paulo, casos de policiais trabalhando sem itens de proteção adequados foram registrados amiúde por cidadãos comuns, nas ruas da capital e do Interior. Agora, garante o novo comandante, a PM regional passará a transmitir aos servidores, através do rádio de cada viatura, gravações de áudio feitas pelo próprio coronel, nas quais ele reforça a necessidade de atuação preventiva do policial em relação à covid-19.

Dispositivos dispensadores de álcool em gel, segundo ele, foram acoplados nos veículos e os agentes orientados a utilizá-los antes e depois de cada abordagem. Trata-se do mínimo que se espera de uma corporação que atua em permanente contato, inclusive físico, com a população.

Mais importante, porém, será a vacinação dos policiais. E o comandante faz uma revelação: já está sendo organizada a operacionalização desse procedimento nas próprias unidades militares, para não sobrecarregar os postos de saúde.

Temos defendido que, além de médicos e enfermeiros, também policiais e professores deveriam ser incluídos nos grupos prioritários de vacinação. O novo comandante pensa da mesma forma e assegura que, mesmo vacinada, a PM continuará seguindo os protocolos sanitários. Esperamos que sim.

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