Após a Macaca utilizar reservas em Minas, nesta quarta-feira, às 21h, é a vez do Galo poupar vários titulares
A Ponte Preta poupou quase todos seus titulares no jogo da semana passada com o Atlético-MG para não correr risco de perder atletas importantes na sequência do Brasileirão. Agora, mais preocupado com o tradicional clássico com o líder Cruzeiro, domingo (13), em Belo Horizonte, o Galo resolveu "devolver a gentileza" e deve entrar em campo com uma equipe basicamente formada por reservas, nesta quarta-feira (9), às 21h, no Estádio Moisés Lucarelli, pela 27ª rodada.Aos pontepretanos, resta o otimismo por poderem enfrentrar uma equipe teoricamente mais frágil do que a titular para começar a reação e sair da zona de rebaixamento. "Alguns reservas podem não estar no mesmo ritmo dos titulares, mas sabemos que não vai ser parada fácil. O Atlético tem um plantel bem qualificado", considera o técnico Jorginho.Além das lesões e dos dois jogadores cedidos à Seleção Brasileira, o Galo tem 12 atletas pendurados com dois cartões amarelos. Nove deles são titulares e correriam o risco de ficar fora do clássico com o Cruzeiro, em caso de advertência no confronto desta quarta. O time pode se dar ao luxo de poupar porque está em situação cômoda na tabela de classificação, na qual é o 5º colocado, com 39 pontos ganhos.Jorginho acredita que, mesmo diante de um time B, a responsabilidade da Macaca é a mesma. "O certo é que não podemos mais perder pontos em casa. Se conquistarmos as vitórias em nosso estádio, certamente vamos sair da zona de rebaixamento", aposta.Sem poder contar com o meia Fellipe Bastos, suspenso pelo terceiro amarelo, o treinador deve investir num posicionamento mais ofensivo. O meia Elias deve assumir a posição ao lado de Adrianinho para municiar os atacantes Rildo e William. "Somos uma equipe muito bem organizada defensivamente, que chega com muita força ao ataque. O problema é que estamos finalizando mal. Com a possibilidade do Elias iniciar, podemos dar mais mobilidade aos atacantes", explica.Outra mudança deve acontecer na lateral-direita. Régis, que não foi bem no empate diante do Bahia (o gol do empate saiu de uma jogada pelo seu lado de marcação), deve abrir espaço para o zagueiro César. Isso porque Artur segue vetado pelo departamento médico. "Sei que fiz boas partidas, mas também sei que não fui tão bem em outras. Quando defesa vai mal, alguém paga o pato" , lamentou Régis.GOLEADA AINDA INCOMODAA derrota por 4 a 0, imposta pelo Atlético-MG, quinta-feira (3) passada, sobre os reservas da Ponte Preta, na Arena Independência, ainda dói. Tanto que foi o tema principal da entrevista coletiva do técnico Jorginho, na noite desta terça-feira (8), depois do treino recreativo no Majestoso. Sem citar nomes, o treinador mostrou que ainda continua indignado com a pífia atuação dos reservas da Macaca. "Perder para o Atlético-MG não é anormal, mas perder de quatro foi muito ruim. Não só não estivemos bem em campo, como senti que faltou atitude. Faltou querer e brigar por aquilo que se buscava, que era pelo menos o empate. Não vi isso em campo" , lamentou. Segundo Jorginho, parte do time não conseguiu assimilar a importância da oportunidade que foi oferecida. "Para mim, não existe nada mais estimulante do que jogar num campo bom como aquele, em uma competição tão importante e na condição de defender a Ponte Preta. Tivemos atletas bem abaixo do que se esperava. Sinceramente, esperava uma melhor atitute da equipe que entrou em campo" , comentou. Para o técnico, a estratégia de poupar os titulares para o jogo com o Bahia, no final se semana, surtiu efeito, apesar do resultado de empate que adiou a tão almejada reação. "Diante do Bahia, foi um time diferente. Entrou em campo mais confiante, mais organizado e ocupando bastante os espaços. Foi bem melhor e poderia ter até vencido fora de casa", avaliou.