MEIO AMBIENTE

Nível de poluente volta a ficar inadequado após cinco anos

Ozônio não ficava fora do padrão desde 2007; em 2012 ele chegou ao maior nível, diz Cetesb

Luís Fernando Manzoli
luis.manzoli@gazetaderibeirao.com.br
23/04/2013 às 16:44.
Atualizado em 25/04/2022 às 19:13

Todo mundo já ouviu falar do ozônio: no limite da atmosfera terrestre, ele forma uma camada que nos protege dos nocivos raios ultra-violeta. No nível do solo, no entanto, ele age como um poluente que pode causar danos à saúde.

No ano passado, Ribeirão Preto voltou a registrar níveis inadequados de ozônio – coisa que não acontecia desde 2007 –, segundo o relatório de Qualidade do Ar no Estado de São Paulo divulgado nesta segunda-feira (22) pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

Segundo o estudo, o nível do poluente ficou acima do padrão durante quatro dias do ano – contra nenhum nos quatro anos anteriores. A concentração atingiu o nível máximo de 181 microgramas por metro cúbico, a maior taxa desde que a Cetesb começou a medir o ozônio na cidade, em 2008.

Maria Helena Martins, gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb, explica que o ozônio é formado, principalmente, pela combinação do calor com gases emitidos por veículos e indústrias.

Para ela, o aumento do poluente no ano passado pode ser explicado pelo fator climático. “O fim do inverno em Ribeirão foi bastante quente e seco. Mas é claro que não haveria o ozônio se não houvesse as fontes poluentes também”, disse. A queima de material vegetal, como a cana, também contribui para o surgimento do ozônio.

De acordo com a Cetesb, os picos de concentração do poluente em Ribeirão ficam entre as 13h e as 17h. No nível em que foi encontrado na cidade, o ozônio provoca aumento dos sintomas respiratórios na população em geral.

Nos dias mais quentes e secos, a orientação é evitar esforço físico ao ar livre, principalmente pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares, idosos e crianças.

VEÍCULOS

De acordo com o levantamento da Cetesb, Ribeirão é a quarta cidade (de uma lista com 20) com a maior concentração de monóxido de carbono emitido por veículos automotores em 2012.

A cidade teve a emissão de 6,6 mil toneladas por ano do poluente, perdendo apenas para as regiões metropolitanas de São Paulo (133,7 mil) e Campinas (29,2 mil) e a cidade de Sorocaba (6,81 mil).

Segundo Maria Helena Martins, no entanto, o levantamento é “injusto” porque coloca frente a frente grandes regiões metropolitanas e cidades menores. “O que é certo é que Ribeirão tem uma frota grande de veículos e uma emissão considerável de poluentes”, disse.

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