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NFL: treinador do Raiders pede demissão após acusação de racismo e homofobia

Jon Gruden estava pressionado após vazamento de e-mails com conteúdos acusados de conter linguagem misógina, homofóbica e racista

12/10/2021 às 12:06.
Atualizado em 24/03/2022 às 12:50
A decisão de Gruden chega depois de um período tumultuado de 72 horas que começou na sexta-feira, quando o The Wall Street Journal revelou que o técnico havia usado uma metáfora racista para descrever o chefe do sindicato dos jogadores, DeMaurice Smith (Divulgação)

A decisão de Gruden chega depois de um período tumultuado de 72 horas que começou na sexta-feira, quando o The Wall Street Journal revelou que o técnico havia usado uma metáfora racista para descrever o chefe do sindicato dos jogadores, DeMaurice Smith (Divulgação)

O técnico Jon Gruden, do Las Vegas Raiders, time da NFL (liga norte-americana de futebol americano), apresentou sua renúncia ao cargo, após ser acusado de usar linguagem misógina, homofóbica e racista em mensagens, de acordo com informações publicadas por vários meios de comunicação americanos. A NFL Network e a ESPN informaram que o treinador renunciou após uma reunião com o proprietário da equipe, Mark Davis, na segunda-feira, quando o técnico foi alvo de novas acusações.

A decisão de Gruden chega depois de um período tumultuado de 72 horas que começou na sexta-feira, quando o The Wall Street Journal revelou que o técnico havia usado uma metáfora racista para descrever o chefe do sindicato dos jogadores, DeMaurice Smith. Eles estava no comando dos Raiders desde 2018, quando voltou após uma ausência de 10 anos.

Na mensagem, Gruden afirmou que Smith tinha "lábios do tamanho de pneus Michelin". A linguagem invoca imagens usadas durante muito tempo em caricaturas racistas. Em uma declaração, a NFL classificou a mensagem de "assustadora, lamentável e totalmente contrária aos valores" da liga.

Em comentários à ESPN no fim de semana, Gruden afirmou que estava "envergonhado" da linguagem usada e insistiu não ter "uma gota de racismo" em seu caráter. Mas, nesta segunda-feira à noite, o The New York Times informou que teve acesso a diversos outros e-mails do técnico, nos quais Gruden usava insultos homofóbicos e misóginos e criticava o surgimento de árbitras no futebol americanos e a escolha no draft de um jogador homossexual.

Em outras mensagens, Gruden zombou dos jogadores que protestavam durante o hino nacional contra a violência policial nos Estados Unidos, pedindo que fossem demitidos. O treinador também usou insultos homofóbicos para criticar o comissário da NFL, Roger Goodell, sobre seus esforços para tentar reduzir o número de concussões cerebrais no futebol americano.

O Times informou que os e-mails surgiram de uma investigação sobre má conduta no ambiente de trabalho que não envolvia diretamente Gruden. As mensagens eletrônicas foram enviadas ao ex-presidente da equipe de futebol americano de Washington, Bruce Allen, quando Gruden trabalhava como comentarista para a ESPN.

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