GUTO SILVEIRA

Nem tudo é verdade

Guto Silveira
antonio.silveira@gazetaderibeirao.com.br
06/05/2013 às 21:30.
Atualizado em 25/04/2022 às 18:00

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disputou apenas uma eleição partidária –foi candidato a governador-, mas já aprendeu que é possível passar ao povo meias verdades. Agora, numa campanha publicitária do Serviço Social da Indústria (Sesi), aponta que tudo é mantido pela indústria, como se o “Sistema S”, do qual fazem parte outras 11 instituições, não recebesse recursos públicos. Ele também não conta que há cerca de seis anos as escolas do Sesi cobram mensalidades. E nem tão acessíveis assim. É certo que o ensino oferecido pela instituição é de qualidade, muito melhor do que de escolas públicas. Mas não dá é para dizer que é tudo mantido pela indústria, porque isso não representa uma verdade. Há até uma sugestão de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a aplicação dos recursos repassados pelo governo ao “Sistema S”. O pedido é do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO). “Não posso e nem devo ficar calado diante dessa máfia que se instalou, nos últimos anos, dentro do Sistema S. O dinheiro é do povo brasileiro e a Constituição Federal obriga a transparência, mas infelizmente, para estes senhores, a lei é letra morta”, criticou o senador. Ele argumenta que não há qualquer fiscalização dos recursos. A qualidade não se questiona, mas a meia verdade da campanha publicitária ofende os ouvidos das pessoas. O ensino é bom sim. Não se questiona. Agora, todo bancado pela indústria, isso não.

CONVOCAÇÃO

Os vereadores de Ribeirão Preto devem votar hoje um projeto de resolução que convoca o superintendente da Transerp, William Latuf, a comparecer à Câmara para explicações. O requerimento, feito em fevereiro, é da vereadora Gláucia Berenice (PSDB) que quer mais explicações sobre a mudança no transporte coletivo da cidade. Quando ela teve o requerimento votado, os usuários estavam com vários problemas representados pelas mudanças, mas agora algumas alterações já foram feitas, incluindo o retorno de algumas linhas retiradas.

TRÊS SECRETÁRIOS

Outro requerimento de convocação de secretários está “adormecido” em alguma gaveta da Câmara Municipal. Apresentado em 21 de março pelo vereador Marcos Papa (PV), o requerimento pede a presença, na Câmara, dos secretários Francisco Nalini (Fazenda), Jamil Albuquerque (Governo) e Layr Luchesi Júnior (Casa Civil), que integraram a comissão de negociação com o Sindicato dos Servidores Municipais (SSM).

INTROMISSÃO?

Os secretários teriam dito ao presidente do SSM, Wagner Rodrigues, que se os vereadores aprovassem um projeto que revogava o aumento do IPTU, as negociações salariais seriam prejudicadas. O Sindicato foi à sessão, pressionou e o projeto foi rejeitado. Daquele tempo até agora o vereador espera explicações dos secretários municipais.

PROJETOS

Apesar da pressão dos servidores e da apovação do acordo selado em março, algumas cláusulas ainda não estão sendo cumpridos. Isso em função de um “projetão” do Executivo que cria cargos e gratificações não ter sido votado pela Câmara, por ter sido considerado “confuso”. Os vereadores (até da base de apoio da prefeita) pediram e o governo retirou o projeto da Câmara e deve apresentar a matéria, mas em mais de uma proposta, como defendeu os parlamentares.

POSSÍVEL GREVE

Se a prefeitura não encontrar uma forma de cumprir o acordo selado, que depende da aprovação dos projetos, os servidores do Daerp e da Secretaria de Infraestrutura prometem entrar em greve nesta quarta-feira (8).

MEDIDA NECESSÁRIA

Na pauta desta terça-feira da Câmara está ainda o projeto de resolução que prevê a criação de uma Comissão Especial de Estudos (CEE) para compilação da legislação de Ribeirão Preto. A medida é mais que necessária. Praticamente não há lei que não tenha “pendurada” nela alguma outra lei ou decreto. O Código Tributário, então, é uma colcha de retalhos, com dezenas de leis “anexadas”.

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