Sem dinheiro, João Carlos Mendes Vieira, de 24 anos, teve que pedir ajuda para voltar ao país
O português João Carlos Mendes Vieira, de 24 anos, veio para o Brasil com o sonho de se casar com uma campineira após dois anos de namoro virtual, mas encontrou uma pessoa completamente diferente. Sem dinheiro para voltar a Portugal, ele fez um boletim de ocorrência e ficou no Aeroporto Internacional de Viracopos até conseguir ajuda. O voo de Vieira pousou no Brasil às 19h20 da última terça-feira (12) e ,segundo a Polícia Civil, ele conseguiu embarcar de volta para Portugal dois dias depois através da companhia aérea TAM, que não informou se houve auxílio por parte da companhia ou amigos ou familiares de Vieira.De acordo com o relato do rapaz à polícia, duas pessoas que seriam parentes da moça combinaram de buscá-lo, mas ninguém apareceu. Sem conhecer a cidade, o português mandou mensagem para ela pelo Facebook através do celular avisando que havia chegado, já que sua vinda era uma surpresa, e pediu o endereço dela. Quando ele ainda estava em seu país, ela dizia morar no bairro Cambuí, mas pelo celular informou outro endereço, no Jardim Florence 2. Era mentiraChegando lá, precisou caminhar até o número da casa e se deparou com um barraco de um cômodo onde uma mulher mais velha e menos bonita do que a jovem que acreditava ser sua namorada morava com duas crianças. Assim que percebeu a cilada, voltou para o aeroporto com o táxi que o esperava. "Nunca vi um caso desse. Achei muito estranho e até alertei que era um lugar perigoso, mas ele insistiu, porque ia encontrar a namorada" , relatou o taxista Luiz Rodrigues de Freitas, 34 anos, que não revelou o valor total da corrida, que aconteceu por volta das 23h40.Segundo a Polícia Civil do aeroporto, que registrou boletim de ocorrência não-criminal, Vieira alegou que não tinha dinheiro para voltar e ficou de plantão em frente à porta do local até a manhã de anteontem, quando conseguiu o voo de volta. Uma senhora com patrões portugueses chegou a procurá-lo na manhã desta sexta-feira (15) para oferecer um emprego caso ele tivesse de ficar no Brasil, mas ele já havia partido.