PROPAGANDA

Na TV, PT fala de crise e Dilma diz: 'Sei suportar pressão'

Vídeo será vinculado no dia em que foi divulgada a pesquisa Datafolha, que mostra que a presidente está com a rejeição superior à de Collor antes do impeachment

Agência Estado
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06/08/2015 às 14:55.
Atualizado em 28/04/2022 às 18:15

O governo aposta no Senado Federal para barrar o avanço das propostas negativas ( Reprodução/ Facebook)

O programa do PT que vai ao ar em rede nacional de rádio e TV na noite desta quinta-feira (6) fará um apelo pela governabilidade. Com a linha argumentativa de que uma crise política é muito mais grave que uma crise econômica, o programa traz frases de mea-culpa do governo, mas chama a população a defender a "democracia". Desaprovação a Dilma sobe a 71% e supera a de Collor, aponta DatafolhaA presidente Dilma Rousseff aparece dizendo que este ano é de "travessia" para levar o Brasil a um "lugar melhor". "Sei que muita coisa pode melhorar. Tem muito brasileiro sofrendo, mas juntos vamos sair desta", diz.Mesmo sem citar diretamente as articulações políticas em curso para barrar o mandato da presidente e sem usar em qualquer momento a palavra "impeachment", o programa petista diz em tom de alerta que é preciso evitar que a crise política ameace a democracia e traga mais sofrimento ao País, como ocorreu na ditadura militar. "A ditadura militar, por exemplo, foi resultado de uma crise política e durou 21 anos. Será que tumultuar a política traz solução para a economia?", questiona um dos apresentadores do programa."Sei suportar pressões e até injustiças. Eu tenho o ouvido e o coração neste novo Brasil que não se acomoda, que não se satisfaz com pouco", diz Dilma. E reforça a mensagem de estar "ao lado" do povo. "Estou do lado de vocês. Este é o meu caminho por ele seguirei."LulaO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma no programa de TV que problemas econômicos se resolvem com políticas corajosas "e não com oportunismo". Lula argumenta que, apesar dos problemas enfrentados, o Brasil de hoje é muito melhor. "Nosso pior momento ainda é melhor para o trabalhador do que o melhor momento dos governos passados. Nosso maior ajuste ainda é menor do que os ajustes que eles fizeram", diz o ex-presidente, numa referência aos governos do PSDB. "É mais fácil chegar a um porto seguro com quem já foi capaz de enfrentar a crise e fazer o Brasil avançar na tormenta, sempre protegendo os que mais precisam."Lula destaca que ele também precisou fazer ajustes econômicos enquanto presidente e que as medidas resultaram em um Brasil "muito melhor"; "É mais fácil chegar a porto seguro com quem já foi capaz de enfrentar a crise", afirma LulaOportunismoO programa exibe fotos do senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e de outros políticos que defenderam abertamente o afastamento de Dilma, como os senadores do DEM José Agripino (RN) e Ronaldo Caiado (GO), o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio, e o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força. As imagens são seguidas pela mensagem "não se deixe enganar pelos que só pensam em si mesmos".O presidente do PT, Rui Falcão, também aparece no programa e faz o mesmo apelo pela governabilidade chamando ao "juízo" da oposição. "Aos que não se conformam com as derrotas nas urnas, só pedimos uma coisa: juízo, pois o povo saberá defender a grande conquista de todos os brasileiros: a nossa nova e vibrante democracia."O apresentador do programa, o ator José de Abreu, abre a peça dizendo que em uma crise há dois caminhos, o da esperança e o do pessimismo. E exalta a ação dos governos petistas para evitar que a crise chegasse ao Brasil nos últimos anos. "Mas será que o governo errou ao tentar evitar de todas as maneiras que a crise arrombasse a porta dos brasileiros? Aqui pra nós, não é melhor a gente não acertar em cheio tentando fazer o bem do que errar feio fazendo o mal?"No programa, o PT admite que a crise existe, mas reforça o discurso dos avanços do País com os governos do Lula e Dilma, citando marcas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Prouni e Fies, e destacando a redução da desigualdade social. Vacina contra o panelaçoDirigido pelo marqueteiro João Santana, o programa do PT comenta o "panelaço" esperado para o momento em que a propaganda for ao ar. "Nos últimos tempos começaram a dar uma nova utilidade às panelas", observa o locutor, mostrando pessoas protestando desta forma. "A gente não tem nada contra isso, só queremos lembrar que fomos o partido que mais encheu a panela dos brasileiros. Se tem gente que se encheu de nós, paciência: estamos dispostos a ouvir, corrigir, melhorar. Mas, com as panelas vamos continuar fazendo o que a gente mais sabe: enchê-las de comida e de esperança. Esse é o panelaço que gostamos de fazer pelo Brasil."

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