Em 2007, time estava em pior situação que o atual na 14ª rodada, mas terminou entre os quatro que subiram
A situação do Guarani na Série A2 do Campeonato Paulista é complicada. Oitavo colocado com 21 pontos e a cinco do G4, o Bugre vê o acesso cada vez mais distante. Mas, no discurso de todos, a esperança se faz presente. E um exemplo vivido pelo próprio clube aponta que é possível uma reviravolta na reta final. Desde que o torneio passou a ter 19 rodadas na etapa classificatória, apenas uma equipe que tinha 21 pontos ou menos após a 14ª rodada esteve entre os quatro primeiros ao término da fase. E esse time foi justamente o Guarani, na campanha do acesso em 2007.Naquele ano, o Bugre iniciou mal o campeonato e só foi conseguir a primeira vitória no sexto jogo. Os maus resultados custaram o emprego do técnico Waguinho Dias. José Luiz Carbone o substituiu e, logo na estreia, amargou uma goleada de 5 a 0 para o Rio Preto. Na 14ª rodada, inclusive, o time tinha números piores do que a equipe desta temporada. Após a vitória sobre o Botafogo por 3 a 0, o Bugre se encontrava na 11ª posição, com apenas 18 pontos e a seis do São José, quarto colocado.O embalo definitivo só ocorreu nas cinco rodadas finais. Foram quatro vitórias (2x1 no Comercial, 1x0 no Osvaldo Cruz, 2x0 na Inter de Limeira no jogo em que o atacante Lê literalmente comeu grama no Brinco de Ouro e 5x2 no Atlético Sorocaba) e um empate (1x1 com o São José). O ótimo aproveitamento fez com que o Guarani atingisse 31 pontos e alcançasse a 4ª colocação. A única diferença é que, em 2007, a posição valia um lugar no quadrangular final que definiria o acesso, enquanto em 2014 já garante a vaga na elite.Para conseguir atingir o mesmo objetivo sete anos depois, o Guarani terá que conseguir um desempenho semelhante nas partidas restantes. Segundo as estimativas, 34 pontos são suficientes para alcançar o G4. Seguindo essa matemática, o Bugre precisa somar 13 dos 15 pontos ainda em disputa, o que significa quatro vitórias e um empate. Dos desafios que ainda possui, três são como mandante em Paulínia (Santo André, Capivariano e Rio Branco) e dois como visitante (Catanduvense e Batatais).O segredo para que o alvo seja alcançado, segundo o grupo, é manter a confiança e trabalhar muito. "É hora de se concentrar. Precisamos trabalhar e ter personalidade. O Guarani é um time para homem e, agora, vamos ver quem é quem", destaca o volante Diego Souza. "Não tem nada perdido. Enquanto houver esperança, temos que lutar. E é isso que vamos fazer", afirma o técnico Márcio Fernandes.