CARLO CARCANI

Não pode errar

Carlo Carcani
carlo@rac.com.br
28/04/2013 às 21:16.
Atualizado em 25/04/2022 às 18:25

A campanha da Ponte Preta no Campeonato Paulista terminou neste domingo com a derrota para o Corinthians, time de muita qualidade que, na minha avaliação, é um dos favoritos ao título, ao lado do Santos. Isso não significa que a Macaca não tinha chances de avançar à semifinal. Conseguiu isso em uma situação bem mais complicada em 2012, quando jogou com muita aplicação e eficiência e soube tirar proveito das das falhas do goleiro Júlio César em dois gols.

Neste domingo, no Majestoso, a história foi parecida. A Ponte Preta começou marcando muito bem. Durante meia hora, não permitiu que o Corinthians sequer se aproximasse de sua área. Teve uma boa chance com William, ocupou o campo adversário e deixou o técnico Tite bastante preocupado.

Esse cenário mudou em poucos minutos. Aos 31, o até então inofensivo Corinthians finalizou pela primeira vez, com um chute de Emerson para fora. Aos 38’, o placar já mostrava 2 a 0. No primeiro gol, Bruno Silva perdeu a bola no meio de campo. Guerrero chutou de longe, Edson Bastos rebateu para o meio da área e Romarinho fez 1 a 0. Em seguida, Emerson fez boa jogada pela esquerda e bateu no canto direito. Edson Bastos tocou na bola, sem conseguir, porém, impedir que ela fosse para a rede.

A partir daí Tite não teve mais nenhuma preocupação porque a Ponte aguerrida que fazia uma marcação implacável desapareceu. Em nenhum momento a Macaca conseguiu esboçar uma reação e o Corinthians carimbou sua passagem para a semifinal com uma goleada de 4 a 0.

Compreendo que um time que estava dando 110% para eliminar o campeão mundial sinta o golpe de levar dois gols tão rapidamente. Mas a Ponte não é time de perder assim e é importante que esse resultado sirva de aprendizado. Para superar adversários com orçamentos milionários e que podem se dar ao luxo de deixar um atacante como Pato no banco, é preciso superar limites. Não pode errar passe no meio, não pode rebater a bola no pé do adversário e também não pode se entregar nos momentos de adversidade.

A Ponte faz um belo trabalho e não é de hoje. Mas precisa melhorar e a presença do Mogi Mirim na semifinal é a maior prova disso. O Mogi não tem elenco milionário, não tem uma das maiores torcidas do País e não tem nem mesmo jogadores com o status de William, Cicinho e Ramirez. Mas o Mogi está na semifinal. Então, a Ponte precisa manter o que fez de bom e evoluir em outros aspectos. Para estar entre os grandes e derrotá-los, é preciso jogar como eles.

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