JOGO RÁPIDO

Não é pedir demais

Coluna publicada na edição de 27/9/18 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
carlo@rac.com.br
27/09/2018 às 02:00.
Atualizado em 22/04/2022 às 01:05

A semana da Ponte Preta começou com uma tensa reunião do Conselho Deliberativo na segunda-feira e piorou de vez com a inadmissível derrota para o Brasil no Majestoso. O time já se mostrou incompetente para cumprir a sua obrigação de brigar pelo acesso. Dos quatro times que foram rebaixados em 2017, dois estão bem posicionados na tabela. O Avaí é o 4º colocado, com 48% de chances de acesso, e o Atlético-GO aparece em 6º, com 35%. O que se esperava é que a Macaca, depois de três anos seguidos de Série A, estivesse no meio desse bolo. Mas dentro de campo o rendimento é muito inferior ao esperado. Ponte Preta e Coritiba, o quarto time rebaixado em 2017, possuem apenas 1% de chance de voltar à elite em 2019. A derrota de terça-feira foi inaceitável por vários motivos. A Ponte perdeu em casa para um time que, como visitante, havia vencido apenas o lanterna Sampaio Corrêa em todo o campeonato. A Ponte chegou à marca de oito rodadas sem vencer. É a terceira pior sequência de toda a Série B. Só times ameaçados pelo rebaixamento ficaram tanto tempo se ganhar: Sampaio Corrêa (12) e Juventude (10). Por fim, a Ponte perdeu jogando muito mal. Marcelo Chamusca destacou em sua última entrevista que os números mostram que a Ponte teve o jogo sob controle durante quase todo o tempo. A análise é equivocada. A Macaca teve mais posse de bola e finalizou mais, mas quase não incomodou os gaúchos. Marcelo Pitol fez uma defesa difícil em uma cabeçada de Roberto. Fora isso, o Brasil jogou de forma confortável porque a Ponte se mostrou acomodada com o seu domínio estéril. E esse é o ponto que o novo técnico precisa mudar. Nada indica que a Ponte, sob novo comando, possa começar a jogar bem e arrancar rumo ao G4. Foi um time instável com Doriva, com João Brigatti e com Chamusca, que conquistou apenas três dos 15 pontos que disputou. Nada indica, também, que o time terá que se preocupar com o rebaixamento nas rodadas finais. Separada do Z4 por cinco times ou seis pontos, só mesmo com um desastre de grandes proporções a equipe chegará a novembro com esse tipo de preocupação. A Macaca ainda vai disputar cinco jogos em Campinas contra equipes que estão em posições intermediárias ou no Z4. O novo treinador só precisa ter um aproveitamento de razoável para bom nessas partidas, nas quais a Ponte será favorita ou clara favorita, para garantir, sem sustos, a permanência na divisão. O novo treinador não precisa fazer milagres e nem transformar água em vinho. Só precisa fazer com que o time seja, nos números e no campo, superior a adversários como CRB, Figueirense, São Bento e Boa. Não é pedir demais, nem mesmo para uma equipe que não vence desde 14 de agosto.

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