iG - Milene Moreto (Cedoc/RAC)
O café da manhã entre representantes do governo do prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), e os vereadores da sua base na Câmara rendeu pano para a manga. Isso porque a orientação da atual Administração é para que os parlamentares tenham seus pedidos atendidos. Porém, alguns secretários têm delegado a função para assessores, como é o caso do chefe da pasta de Transportes, Sérgio Benassi (PCdoB). A terceirização dos serviços foi criticada por alguns legisladores.
Tem de ser paparicado
A atitude de Benassi e seu jeito mais sisudo desagradaram alguns de seus ex-colegas de Casa. Os vereadores se acostumaram com a liberdade concedida pelo ex-prefeito Pedro Serafim (PDT), que chegou a anunciar um governo conjunto com os legisladores. De lá para cá, muitos passaram a entrar e sair das dependências do Palácio dos Jequitibás sem bater na porta. Ao que tudo indica, os tempos são outros.
De volta à discussão
No final do café da manhã com os vereadores, uma pequena tensão entre o secretário de Relações Institucionais, Wanderley Almeida, e o vereador Artur Orsi (PSDB), desviou os olhares dos presentes. Mais uma vez na pauta a questão de derrubar uma resolução proposta por Orsi que desobrigou os vereadores a aprovarem requerimentos de informação no plenário. Nos bastidores, o comentário é de que o governo continua no encalço para suspender a nova regra. Orsi, apesar de integrar a base, já se mostrou contrário.
Requerimentos
A resolução que mudou as regras para os requerimentos na Câmara eliminou o problema da oposição na Casa. Antigamente, alguns vereadores não aprovavam pedidos de cópias de contratos ou de processo do Executivo que poderiam conter irregularidades.
Segurança
O início dos trabalhos do Gabinete de Segurança de Campinas e região contou com a presença de 11 prefeitos. O encontro teve muito mais quórum do que as reuniões do Conselho de Desenvolvimento da RMC.
Cadê a pasta?
Os prefeitos da RMC assinaram ontem com a Caixa Econômica Federal a renovação do convênio com o programa do governo federal, Minha Casa, Minha Vida. O problema é que os documentos de Campinas foram esquecidos. Jonas precisou fazer uma assinatura na pasta de Artur Nogueira. O prefeito Celso Capato (PSD) disse que não teria problemas, desde que Jonas pagasse a conta.
Briga na AR
Com dois meses de mandato, os vereadores de Campinas já começaram a brigar por espaço nos seus redutos eleitorais. Como algumas regiões elegeram mais de um parlamentar, a grande discussão é pelo uso dos equipamentos das administrações regionais. A coisa, ao que tudo indica, anda feia pelas bandas da AR-13, região do Campo Grande.
Clima quente
O clima esquentou na sessão extraordinária de ontem convocada para aprovar o projeto de lei que cria vagas temporárias para o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira. Mas a situação do Executivo é confortável. Os vereadores da base têm se comportado como um colegiado de líderes de governo.
*Colaboraram Maria Teresa Costa e Bruna Mozer