Quase todas as pessoas que convivem com Donald Trump questionam sua capacidade para governar, afirmou Michael Wolff, autor do controvertido livro sobre o presidente dos Estados Unidos lançado nesta sexta-feira
Quase todas as pessoas que convivem com Donald Trump questionam sua capacidade para governar, afirmou Michael Wolff, autor do controvertido livro sobre o presidente dos Estados Unidos lançado nesta sexta-feira."Cem por cento de quem o cerca, até Jared Kushner, seu genro, e Ivanka Trump, sua filha, questionam sua capacidade para governar", declarou Wolff à rede NBC."Todos o descreveram da mesma maneira; dizem que é como um menino, ou seja, que precisa de gratificação imediata, e tudo gira em torno dele", indicou o autor do livro "Fire and Fury: Inside the Trump White House" (Fogo e fúria na Casa Branca de Trump, em tradução livre), que foi convidado para o famoso programa matutino "The Today Show"."Dizem que é um imbecil, um idiota", acrescentou o escritor, que garante ter entrevistado fontes que convivem de perto com o presidente todos os dias.Michael Wolff também afirmou ter falado por três horas com o magnata antes e depois de sua eleição para poder escrever o livro."Falei com o presidente, se ele se deu conta de que era uma entrevista ou não, não sei, mas não estava em 'off'" (algo a ser mantido em sigilo), apesar de o presidente ter escrito na quinta à noite em seu Twitter que "nunca falou para um livro".O lançamento de "Fire and Fury: Inside the Trump White House", originalmente programado para a próxima terça-feira, foi antecipado e chega às livrarias nesta sexta.O canal CNN revelou na quinta-feira que muitos legisladores americanos, a maioria democratas, consultaram uma professora de psiquiatria da Universidade de Yale, em dezembro, sobre a saúde mental do presidente Trump."Os legisladores disseram que estavam preocupados sobre o risco que representava o presidente, o risco que representava sua instabilidade mental para o país", disse à CNN a professora Brady Lee, editora do livro "O Perigoso Caso de Donald Trump", uma série de ensaios de psiquiatras que analisam o estado psicológico do presidente dos Estados Unidos.Segundo Lee, no grupo de legisladores havia um senador republicano, cuja identidade não revelou.A porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders qualificou as declarações de "vergonhosas" e destacou "que se não fosse apto, Trump não estaria onde está e não teria derrotado o melhor grupo de candidatos jamais visto no Partido Republicano", em referência às primárias de 2016.Na Câmara de Representantes, 57 legisladores democratas - 30% do total - redigiram um projeto de lei para a criação de uma comissão parlamentar especial sobre "a incapacidade presidencial", visando "determinar se o presidente esta psicologicamente ou fisicamente capacitado para cumprir suas funções".A Constituição americana prevê duas formas de se substituir um presidente: um impeachment no Congresso ou pela 25ª emenda, que permite o vice-presidente e a metade do gabinete declarar que o presidente é "incapaz de exercer o poder e cumprir com os deveres do cargo".Caso o presidente conteste a decisão baseada na 25ª emenda, corresponde ao Congresso confirmá-la com ao menos dois terços dos votos.leo/hr/llu/cd/cn