RETOMADA

Volta às aulas ocorre em 128 cidades

Fora do grupo, Campinas ainda aguarda o resultado da consulta aos pais para definir o retorno

Gilson Rei/AAN
09/09/2020 às 14:11.
Atualizado em 28/03/2022 às 16:15
As carteiras continuarão vazias em Campinas até a Prefeitura conhecer a posição dos pais sobre o retorno (Leandro Ferreira/AAN)

As carteiras continuarão vazias em Campinas até a Prefeitura conhecer a posição dos pais sobre o retorno (Leandro Ferreira/AAN)

As escolas públicas e privadas de Campinas permaneceram fechadas ontem, no primeiro dia de retorno às atividades presenciais desde o início da quarentena, em 23 de março. A adesão envolveu 128 municípios no Interior do Estado de São Paulo. O retorno não é obrigatório — depende de avaliação de cada município — e deve ocorrer mediante consulta à comunidade. Os municípios também têm autonomia de interferir no calendário, embasados por dados epidemiológicos de suas regiões. De acordo com a determinação do governador João Doria, (PSDB), a partir de agora as escolas da rede estadual estão autorizadas a retomarem as atividades presenciais para recuperação e acolhimento, de forma gradual, respeitando os protocolos de segurança. Campinas também poderia ter voltado às atividades ontem, mas o prefeito Jonas Donizette (PSB) baixou decreto determinando que nenhuma escola abrirá antes de 15 de setembro. Uma consulta pública está sendo realizada com os pais da rede municipal de ensino. Na semana passada, 15 mil já haviam se manifestado, sendo 82% contra o retorno. Mais duas avaliações da Vigilância Sanitária serão feitas nos dias 15 e 30 de setembro. A princípio, o retorno das aulas na Educação Infantil e Ensino Fundamental em Campinas está marcado para 7 de outubro - será para crianças de quatro e cinco anos e para o 5º e 9º ano do Ensino Fundamental municipal, da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e de cursos técnicos. A volta no Ensino Infantil está condicionada ao resultado da consulta Enquanto as aulas presenciais não são retomadas, os alunos do município recebem os conteúdos on-line e por meio da programação da TV Câmara. Também há a opção de retirada do material didático nas escolas. Interior Pela manhã, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, acompanhou o retorno das atividades na Escola Estadual Professora Ana Cecília Martins, em Sorocaba, um dos municípios que optaram pelo retorno. Neste primeiro dia, os alunos participaram de rodas de conversa, atividades esportivas e contribuíram com o planejamento das atividades de acolhimento que vão abranger os demais estudantes da unidade. Soares destacou qual é o objetivo neste primeiro momento de reabertura. "Nesta volta opcional, nosso foco e cuidado maior são com os alunos que mais precisam. Nosso olhar está muito voltado para o aspecto socioemocional. É absolutamente primordial cuidarmos também dos nossos servidores e professores. A rede deve estar voltada a cumprir todos os protocolos de saúde e de segurança. E isso é um dever de todos nós: equipes gestoras, escola e família. Desta forma, com serenidade, conseguiremos ter a segurança necessária para reabrirmos gradativamente as nossas escolas", afirmou. Salas podem receber no máximo 20% da capacidade Para retomarem às atividades presenciais, as escolas precisam estar em áreas classificadas por pelo menos 28 dias consecutivos na fase amarela do Plano São Paulo. As unidades que retornarem poderão receber, no máximo, 20% dos alunos por dia, independente da etapa do ensino. Já as redes municipais e privadas devem seguir o decreto do governo do estado que prevê o limite de 35% para Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, e 20% para anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. A oferta de atividades deve ser planejada com a comunidade. Dentre as possibilidades estão: atividades de reforço e recuperação da aprendizagem; acolhimento emocional; orientação de estudos e tutoria pedagógica; plantão de dúvidas; avaliação diagnóstica e formativa; atividades esportivas e culturais. Prevê-se, ainda, a possibilidade da utilização da infraestrutura de tecnologia da informação da escola para estudo e acompanhamento das atividades escolares não presenciais para os alunos que não conseguem o fazer de suas casas. Os estudantes que compõem o grupo de riscos devem permanecer em casa fazendo as atividades remotas. Também é recomendável que os profissionais que estejam neste grupo não retornem ao trabalho presencialmente. Para garantir a segurança da comunidade escolar na rede estadual, a Seduc adquiriu uma série de insumos destinados tanto aos estudantes quanto aos servidores. São eles: 12 milhões de máscaras de tecido, 300 mil face shields (protetor facial de acrílico), 10.168 termômetros a laser, 10 mil totens de álcool em gel, 221 mil litros de sabonete líquido, 78 milhões de copos descartáveis, 112 mil litros de álcool em gel e 100 milhões de unidades de papel toalha. (GR/AAN)

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