DIPLOMACIA

Venezuela publica carta no NY Times e nega ser ameaça

Carta diz que País sul-americano acredita na "paz, soberania nacional e direito internacional" e é uma "sociedade aberta"

France Press
17/03/2015 às 13:55.
Atualizado em 24/04/2022 às 02:16

O governo da Venezuela publicou nesta terça-feira (17) uma "carta ao povo dos Estados Unidos" no jornal New York Times rejeitando ser "uma ameaça" para este país e exigindo revogação das sanções recentemente impostas pelo presidente Barack Obama.A carta, que ocupa uma página inteira do jornal americano e é assinada pelo ministério das Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela, faz parte da escalada diplomática entre os dois países."Carta ao povo dos Estados Unidos. A Venezuela não é uma ameaça", diz o texto, que destaca que o país sul-americano acredita na "paz, soberania nacional e direito internacional" e  é uma "sociedade aberta"."Nunca antes na história da nossa nação, um presidente dos Estados Unidos tentou governar a Venezuela por decreto. É uma ordem tirânica e imperial", diz a carta, referindo-se a ordem de Obama do dia 9 de março, que impôs novas sanções contra sete funcionários venezuelanos acusados de violações dos direitos humanos.Em seu decreto, Obama chamou a situação no país sul-americano de "ameaça incomum e extraordinária para a segurança nacional e política externa dos Estados Unidos."De acordo com a carta aberta, essa "ação desproporcional" tem "implicações potencialmente de longo alcance" de interferência tanto a nível "constitucional quanto legal".Por isso, o governo do presidente Nicolas Maduro exige que seu colega americano "cesse imediatamente as suas ações hostis e revogue" o decreto em questão.Maduro recebeu no último sábado o apoio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que também pediu aos Estados Unidos de revogar as sanções.Além disso, o Parlamento venezuelano aprovou no domingo superpoderes "anti-imperialistas" a Maduro para governar por decreto, até o final de 2015 em matéria de segurança e defesa.A tensão com os Estados Unidos até agora não afetou as vendas venezuelanas de quase um milhão de barris de petróleo.

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