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Venezuela diz que militares não vão se dobrar após sanções dos EUA

O governo da Venezuela disse que as Forças Armadas "nunca se dobrarão" diante dos Estados Unidos, após sanções impostas nesta sexta-feira por Washington contra quatro funcionários venezuelanos, todos militares ativos ou da reserva

Estadão Conteúdo
05/01/2018 às 20:20.
Atualizado em 22/04/2022 às 10:20

O governo da Venezuela disse que as Forças Armadas "nunca se dobrarão" diante dos Estados Unidos, após sanções impostas nesta sexta-feira por Washington contra quatro funcionários venezuelanos, todos militares ativos ou da reserva. "A FAMB (Força Armada Nacional Bolivariana) nunca se dobrará diante de qualquer poder estrangeiro e muito menos diante das forças imperialistas e belicistas do governo supremacista de Donald Trump. Exigimos respeito" - escreveu o chanceler Jorge Arreaza no Twitter. Arreaza citou diretamente Heather Nauert, porta-voz do Departamento de Estado americano. Horas antes, o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos sancionou quatro funcionários venezuelanos, Rodolfo Marco Torres, Gerardo Izquierdo Torres, Francisco Rangel Gómez e Fabio Zavarse Pabón, por "corrupção" ou "repressão" contra os protestos opositores que deixaram cerca de 125 mortos entre abril e julho passados.Segundo o anúncio oficial das medidas, os quatro "esqueceram a missão profissional republicana" das instituições militares venezuelanas.Trump "e seu pitoresco governo devem entender que a Venezuela nunca cederá a chantagens nem ameaças", afirmou Delcy Rodríguez, presidente da Assembleia Constituinte, integrada apenas por chavistas, que rege o país desde agosto como poder absoluto.Classificada pela oposição como manobra do presidente Nicolás Maduro para estabelecer uma ditadura, a Constituinte não é reconhecida pelos Estados Unidos. Os sancionados desta sexta-feira se somam a uma ampla lista de funcionários de alto escalão venezuelanos, entre eles, Maduro, contra os quais Washington já aprovou sanções. O governo de Trump, além disso, proibiu cidadãos e empresas americanos de negociar dívidas emitidas pelo governo venezuelano e sua petroleira estatal PDVSA, em meio a declarações de moratória por pagamentos atrasados de juros e capitais de títulos. erc/lda/ll

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