MARIANO RAJOY

Um milhão de assinaturas por renúncia de chefe espanhol

Uma semana depois de ser lançada, a petição já havia recolhido 1.020.700 assinaturas

France Press
07/02/2013 às 15:26.
Atualizado em 26/04/2022 às 05:21
A petição contra Rajoy foi colocada na plataforma virtual change.org em 31 de janeiro (FRANCE PRESS)

A petição contra Rajoy foi colocada na plataforma virtual change.org em 31 de janeiro (FRANCE PRESS)

Uma petição lançada na internet exigindo a renúncia do chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, e a convocação de eleições antecipadas após o escândalo de corrupção que atingiu o partido conservador superou nesta quarta-feira um milhão de assinaturas.

A petição foi colocada na plataforma virtual change.org em 31 de janeiro, no mesmo dia em que o jornal El Pais publicou informações sobre uma suposta contabilidade oculta do Partido Popular (PP, no poder na Espanha) e que atinge Rajoy.

Seu nome aparecia nos supostos documentos contábeis produzidos pelo ex-tesoureiro do PP, Luis Bárcenas, reproduzidos pelo jornal.

Segundo estes documentos, de acordo com o El Pais, o chefe do Governo desde 2011 teria recebido, entre 1997 e 2008, "pagamentos de um total de 25.200 euros por ano" procedentes de vários empresários privados.

Uma semana depois de ser lançada, na tarde de quinta-feira, a petição já havia recolhido 1.020.700 assinaturas.

O "caso Bárcenas" atinge há vários dias a Espanha, provocando a indignação de uma sociedade afetada por uma profunda crise econômica e cada vez mais acostumada às sucessivas revelações de casos de corrupção.

O escândalo explodiu no dia 18 de janeiro, quando o jornal de centro-direita El Mundo afirmou que o ex-tesoureiro do PP havia repartido ao longo de duas décadas envelopes com 5 e 15 mil euros procedentes de empresários privados entre os dirigentes do partido.

No entanto, o El Mundo assegurou que Rajoy nunca havia recebido estes pagamentos irregulares e havia terminado com estas práticas em 2009. Desde então, o PP disse sempre ter agido dentro da legalidade.

O próprio Rajoy afirmou que nunca havia recebido ou distribuído "dinheiro sujo" e descartou uma eventual renúncia, como exige o chefe da oposição socialista, Alfredo Pérez Rubalcaba.

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