INTERNACIONAL

Último dia de eleição presidencial no Egito com Sissi favorito

Os egípcios votam nesta quarta-feira no terceiro e último dia de uma eleição presidencial que tem como favorito absoluto o atual chefe de Estado, Abdel Fatah al-Sissi, e na qual a única incógnita é o índice de participação

AFP
28/03/2018 às 11:30.
Atualizado em 23/04/2022 às 08:37

Os egípcios votam nesta quarta-feira no terceiro e último dia de uma eleição presidencial que tem como favorito absoluto o atual chefe de Estado, Abdel Fatah al-Sissi, e na qual a única incógnita é o índice de participação.O presidente Al-Sissi, eleito em 2014, tem como único adversário Musa Mostafa Musa, partidário do regime e desconhecido para a maioria da população.O resultado da votação deve ser anunciado no dia 2 de abril.Na segunda-feira, a participação foi superior à registrada na terça e esta manhã em alguns colégios eleitorais do Cairo e Delta do Nilo visitados pela AFP.Até o momento, a Autoridade Nacional Eleitoral não divulgou números provisórios da taxa de participação. O porta-voz do organismo, Mahmud el Sherif, afirmou que o índice é elevado em grandes cidades como Cairo, Gizé e Alexandria e negou os "boatos" de que a votação será prorrogada por mais um dia.Na eleição de 2014, que Al-Sissi venceu com 96,9% dos votos, a taxa de participação foi de 37% depois de dois dias. A votação foi prorrogada por mais um dia e o índice chegou a 47,5%.O primeiro-ministro Sherif Ismaíl fez um apelo na terça-feira para que os eleitores compareçam às urnas. "É um direito constitucional e um dever para a nação", declarou.Outros candidatos potenciais, com mais prestígio, foram presos antes da votação por violação da lei ou desistiram em razão da pressão do governo.Nesse contexto, o governo teme uma alta abstenção, o que poderia reduzir a credibilidade da eleição.As autoridades e a imprensa recordaram a existência de uma lei, não aplicada, que sanciona os abstêmios com uma multa."Há muitos mecanismos que permitem ao Estado aplicar este texto" àqueles que descumprirem a lei, insistiu o presidente do parlamento, Salah Hasaballah.Canções patrióticas são transmitidas na televisão pública e nas ruas para incitar os egípcios a votar.Os meios favoráveis ao regime exibem cenas de júbilo em frente às assembleias de voto.O porta-voz da autoridade eleitoral nacional, Mahmud el-Sherif, negou os "rumores" de que a votação será estendida por um dia. Ele também afirmou que a participação é alta nas grandes cidades, sem fornecer números.Antes da votação, membros da oposição pediram o boicote, chamado a eleição de "farsa".Sem citar nomes, o presidente Sissi reagiu em um discurso no final de janeiro dizendo que não toleraria brincadeiras com a "segurança" do Egito.Durante a campanha, os dois candidatos evitaram falar de política e não discutiram em profundidade seus projetos.Musa, que nega ser um fantoche para legitimar as eleições, evitou criticar seu adversário e chegou a mencionar as conquistas do primeiro mandato de Sissi.Na única entrevista televisionada de sua campanha, na semana passada, Sissi negou ser responsável pela ausência de grandes rivais: "Eu gostaria que houvesse um, dois, três ou dez dos melhores candidatos".Sissi é popular por ter trazido alguma estabilidade para o Egito depois dos turbulentos anos que se seguiram à revolta popular de 2011.Ele chegou ao poder depois de derrubar o islamita Mohamed Mursi, o primeiro presidente egípcio democraticamente eleito.bur/emp/bpe/erl/mb/mr

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