INTERNACIONAL

Ucrânia diz que Rússia desbloqueou parcialmente acesso ao Mar de Azov

A Rússia desbloqueou parcialmente os portos ucranianos no Mar de Azov, anunciaram nesta terça-feira (4) as autoridades de Kiev, dando a entender que a tensão na região diminuiu

AFP
04/12/2018 às 17:50.
Atualizado em 05/04/2022 às 19:59

A Rússia desbloqueou parcialmente os portos ucranianos no Mar de Azov, anunciaram nesta terça-feira (4) as autoridades de Kiev, dando a entender que a tensão na região diminuiu."Os portos de Berdyansk e Mariupol foram parcialmente desbloqueados. Os barcos entram e saem pelo Estreito de Kerch", que liga o Mar Negro ao de Azov, indicou em um comunicado o ministro de Infraestruturas ucraniano, Volodymyr Omelyan."A parte russa os detém e inspeciona (os barcos) como antes, mas a circulação foi parcialmente retomada", acrescentou.A tensão é alta na região desde que, em 25 de novembro, a Rússia capturou três navios militares ucranianos tentavam entrar no Mar de Azov. Mas, apesar dessa certa melhora, não houve progresso em relação à situação dos marinheiros presos, cuja libertação exige Kiev.Acusados pela Rússia de terem entrado ilegalmente nas águas territoriais russas, os marinheiros ucranianos, dos quais pelo menos três ficaram feridos durante o confronto, foram presos na Crimeia e depois transferidos para Moscou. Acusados de cruzar a fronteira ilegalmente, podem ser condenados a até "seis anos de prisão", declarou nesta terça-feira à AFP Nikolai Polozov, advogado russo de um deles.Neste contexto, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, recebeu nesta terça um grupo de familiares destes marinheiros, e prometeu lutar até o fim para libertá-los. Para a Ucrânia, estes homens são "prisioneiros de guerra" e não podem ser julgados pela justiça russa.O Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH), ao qual Kiev recorreu, pediu nesta terça-feira que o governo russo "garanta que as pessoas em cativeiro recebam cuidados médicos apropriados (...), incluindo os que teriam ficado feridos durante o incidente naval ". A relação entre os dois países é crítica desde a anexação pela Rússia da península ucraniana da Crimeia em 2014 e o início, naquele mesmo ano, de um conflito armado no leste da Ucrânia entre forças governamentais e separatistas pró-Rússia, que deixou mais de 10.000 mortos.Antes do incidente naval, Kiev e os países ocidentais já acusavam a Rússia de deliberadamente "bloquear" a navegação de barcos comerciais pelo Estreito de Kerch, reivindicado por Moscou após a anexação da Crimeia.

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