GUERRA

Tropas sírias preparam ofensiva contra Aleppo

Ofensiva é para reconquistar as áreas controladas pelos rebeldes

France Press
09/06/2013 às 14:15.
Atualizado em 25/04/2022 às 12:53

As tropas regulares sírias se preparavam para lançar uma ofensiva contra a cidade e a província de Aleppo (norte) para reconquistar as áreas controladas pelos rebeldes, afirmou neste domingo à AFP um responsável pelos serviços de segurança sírios.

"É provável que a batalha de Aleppo comece ou nas próximas horas, ou nos próximos dias, para recuperar os povos e cidades ocupadas (pelos rebeldes) na província", informou a mesma fonte.

O responsável, que não deu mais informações, acrescentou que "o exército árabe sírio está pronto para executar sua missão nesta província".

Na semana passada, as tropas de Bashar al-Assad, apoiadas pelos militantes armados do Hezbollah, retomaram o conjunto da região de Quseir, um bastião rebelde no centro-oeste do país.

Analistas tinham afirmado à AFP que o regime, reforçado por sua vitória em Quseir, se preparava para lançar ofensivas em outras regiões do país que estão fora de seu controle.

O jornal sírio Al Watan, próximo ao poder, informou neste domingo que o exército "começou a destacar tropas de grande escala na província de Aleppo, se preparando para uma batalha no interior da cidade e em sua periferia".

Os rebeldes lançaram a batalha de Aleppo há quase um ano e, desde então, os combates e bombardeios são diários na segunda cidade do país, ex-capital econômica da Síria.

Al Watan acrescentou, além disso, que "o exército sírio vai utilizar a experiência de Quseir, na região de Ghuta (próximo a Damasco) e avançar na província de Hama (centro) contígua à de Homs".

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou há dois dias que o exército sírio concentrava "milhares" de soldados na região de Aleppo com o objetivo de tomar as posições rebeldes e cortar as vias de fornecimento em armas desde a Turquia.

O OSDH tinha indicado que o Hezbollah enviou "dezenas de quadros para formar centenas de sírios xiitas para o combate", mas não combatentes.

Os alauítas, comunidade do presidente Assad, são um braço do xiismo. Os rebeldes são, em sua maioria, sunitas.

Na cidade de Homs, onde subsistem focos de resistência rebeldes sitiados há um ano, militantes expressaram o temor de que sejam os próximos alvos depois de Quseir.

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