PENA DE MORTE

Texas se prepara para sua 500ª execução

Nos Estados Unidos, entre 60% e 65% da população do país é favorável à pena de morte

France Press
25/06/2013 às 13:50.
Atualizado em 25/04/2022 às 11:55

O estado do Texas, sul dos Estados Unidos, se prepara para executar nesta quarta-feira seu condenado de número 500 desde a retomada da pena de morte no país, em 1976, marcando um novo recorde para o país onde a aplicação desta punição tende a diminuir.

A não ser que haja um adiamento de última hora, Kimberly McCarthy, uma negra de 52 anos, será executada através de uma injeção letal em "Walls Unit", uma prisão na pequena cidade do Huntsville, no leste do Texas.

A execução da mulher, condenada pelo brutal assassinato de uma idosa em 1997, durante um assalto em Dallas, está prevista para as 18H00 do horário local (20H00 de Brasília).

Militantes contrários à pena de morte planejam uma manifestação na frente dos muros da prisão de mais de um século.

Mais de um terço das 1.336 execuções já realizadas nos Estados Unidos desde o restabelecimento da pena de morte foram no Texas, que retomou a punição em 1982.

"Apesar disto, esperamos que o número total de execuções nos Estados Unidos caia novamente este ano, e que as sentenças de morte continuem diminuindo", disse Richard Dieter, diretor do Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC, na sigla em inglês).

Há atualmente 3.125 pessoas nos corredores da morte de todo o país. Com 78 penas de morte sentenciadas no ano passado, os juízes americanos optam cada vez menos por esta punição (são 75% menos sentenças de morte do que nos anos 90).

Proporcionalmente, os negros são mais condenados à morte do que os brancos, afirma Dieter, que explicou que esta minoria, que compõe 12% da população total, representa 35% dos executados e 42% dos condenados a morte.

Entre 60% e 65% da população do país é favorável à pena de morte.

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