Talibãs: Malala não fez nada para merecer prêmio

A jovem militante pelo direito da educação às meninas Malala Yousafzai "não fez nada" para merecer o prestigioso prêmio Sakharov do Parlamento Europeu, afirmaram nesta quinta-feira (10) os talibãs do Paquistão, que continuam ameaçando a vida da adolescente. "Não fez nada. Os inimigos do Islã entregaram este prêmio já que abandonou a religião muçulmana e se tornou laica", declarou à AFP Shahidullah Shahid, porta-voz do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP). "Ganha prêmios porque trabalha contra o Islã. os talibãs tomarão como alvo Malala tanto se estiver nos Estados Unidos quanto no Reino Unido", acrescentou este líder do TTP, um grupo islamita que luta há seis anos contra as forças de segurança paquistanesas. Malala Yousafzai foi premiada nesta quinta-feira com o prêmio Sakharov da liberdade de consciência, concedido pelo Parlamento Europeu. A jovem se converteu em símbolo do direito à educação das crianças depois de ter sobrevivido a um atentado talibã. Seu nome também aparece como favorito para o prêmio Nobel da Paz, que será anunciado na sexta-feira. Veja também Parlamento Europeu dá prêmio Sakharov a Malala Yousafzai Adolescente paquistanesa, vítima de atentado talibã há um ano, trabalha a favor da educação Malala recria o horror do atentado dos talibãs O livro descreve o brutal domínio dos talibãs no vale do Swat paquistanês, no noroeste do país Talibãs prometem atacar Malala novamente Talibãs tentaram matar Malala no ano passado quando ela se encontrava num ônibus escolar Malala quer entrar na política para mudar o Paquistão Malala reiterou o desejo de voltar ao Paquistão da Inglaterra, para onde foi levada após ser baleada Malala promove projeto para crianças sírias no Líbano Estudante paquistanesa que sobreviveu a um ataque de talibãs foi a Nova York promover evento Anistia concede seu principal prêmio a Malala Paquistanesa compartilhará prêmiação com cantor e militante dos direitos humanos Harry Belafonte Malala diz que os livros podem derrotar o terrorismo Paquistanesa levou tiros na cabeça por talibãs por defender o direito de educação das meninas