INTERNACIONAL

Sri Lanka declara toque de recolher após violências entre cristãos e muçulmanos

Uma cidade perto de Colombo, capital do Sri Lanka, foi submetida a um toque de recolher pela polícia neste domingo, após confrontos entre muçulmanos e cristãos, duas semanas após os ataques jihadistas que mataram 257 pessoas neste país do sul da Ásia

AFP
05/05/2019 às 15:10.
Atualizado em 03/04/2022 às 22:52

Uma cidade perto de Colombo, capital do Sri Lanka, foi submetida a um toque de recolher pela polícia neste domingo, após confrontos entre muçulmanos e cristãos, duas semanas após os ataques jihadistas que mataram 257 pessoas neste país do sul da Ásia.O toque de recolher foi imposto para prevenir uma escalada da violência em Negombo, localizada ao norte de Colombo, disse um oficial da polícia à AFP. Durante os ataques suicidas no domingo de Páscoa, cem pessoas morreram no ataque a uma igreja nesta cidade."Duas motocicletas e um riquixá (veículo tradicional de duas rodas) foram danificados durante os distúrbios", acrescentou."Declaramos um toque de recolher para acabar com a violência", especificou. Não há informações imediatas sobre possíveis vítimas.O principal aeroporto internacional do país está nesta área, mas a polícia disse que o tráfego aéreo não foi perturbado pela situação. Segundo a polícia, está em curso uma investigação sobre esses confrontos, o primeiro entre muçulmanos e cristãos desde os ataques de Páscoa em três igrejas e três hotéis de luxo, neste país predominantemente budista.Após os ataques de 21 de abril, reivindicados por um grupo extremista local, as autoridades declararam estado de emergência e ampliaram os poderes da polícia e do exército para facilitar a prisão de suspeitos. Cerca de 150 pessoas foram presas até agora.O Sri Lanka também expulsou 600 estrangeiros, incluindo 200 clérigos islâmicos.O ministro do Interior, Vajira Abeywardena, explicou que esses clérigos entraram ilegalmente no país e que, nas operações das forças de segurança após os ataques, eles perceberam que seus vistos haviam expirado e foram multados e expulsos do país."Considerando a situação atual no país, revisamos nosso sistema de vistos e tomamos a decisão de reforçar as restrições de visto para professores religiosos", explicou Abeywardena."Entre os expulsos, havia cerca de 200 pregadores islâmicos", acrescentou.O cérebro dos ataques a igrejas e hotéis que deixaram 257 mortos e cerca de 500 feridos era um clérigo muçulmano do Sri Lanka que morreu neles e que se sabe que viajou para a Índia, onde estabeleceu contato com os extremistas.O ministro não informou a nacionalidade dos expulsos, mas a polícia explicou que muitos dos que tiveram seus vistos vencidos eram de Bangladesh, Índia, Maldivas e Paquistão.aj/tom/tmo/mba/age/pb

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por