CONFRONTOS

Sobe para cinco número de mortos no Egito

Segundo o governo, homens armados abriram fogo de forma aleatória contra uma delegacia

France Press
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04/03/2013 às 09:09.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:16

Cinco pessoas, incluindo dois policiais, morreram em confrontos durante a noite entre moradores e as forças de segurança de Port Said, em um clima de tensão persistente nesta cidade do nordeste do Egito, que enfrenta uma greve geral, e no conjunto do país.

O diretor dos serviços de emergência da cidade, Mohamed Soltan, anunciou o balanço de cinco mortos em Port Said, uma localidade situada na entrada norte do canal de Suez.

De acordo com o ministério do Interior, homens armados abriram fogo de forma aleatória contra uma delegacia e mataram dois agentes da polícia, que foram atingidos no pescoço e na cabeça.

Os confrontos explodiram durante o domingo, depois da decisão do ministério de transferir 39 prisioneiros que aguardam julgamento. O veredicto, que deve ser anunciado no próximo sábado, envolve o segundo grupo de acusados pelos distúrbios que mataram 74 pessoas após uma partida de futebol em Port Said em fevereiro de 2012.

Em janeiro, 21 pessoas, em sua maioria torcedores, foram condenadas à pena de morte pelo caso, em um veredicto que provocou muitos atos de violência, que mataram pelo menos 40 pessoas.

No domingo, manifestantes atiraram pedras e bombas incendiárias contra um posto policial em Port Said, cenário de uma greve geral que entra na terceira semana. A polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo.

Os habitantes de Port Said e de outras cidades próximas ao canal de Suez alegam há muito tempo que são marginalizados pelo governo central.

Confrontos na capital

Na capital do país, Cairo, confrontos violentos foram registrados durante a noite, perto da Praça Tahrir, entre policiais e manifestantes.

A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que se aproximava de um hotel de luxo. Durante a manhã, o clima era calmo na praça.

Nos últimos meses vários atos de violência aconteceram no Egito, geralmente à margem de manifestações contra o presidente islamita Mohamed Mursi, eleito em junho, acusado por seus críticos de ter "traído a revolução" e de não saber enfrentar os problemas econômicos.

Durante uma visita no domingo ao Egito, o secretário de Estado americano, John Kerry, se reuniu com Mursi e pediu ao país mais esforços para acalmar a tensão política e ajustar a situação econômica.

Ao norte do Cairo, a região do Delta do Nilo também foi cenário de violência, em meio a uma campanha de desobediência civil na província de Daqahliya.

Uma pessoa morreu e dezenas ficaram feridas em confrontos no fim de semana entre a polícia e manifestantes em Mansura, a capital da província.

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