WIKILEAKS

Snowden agradece Rússia por asilo e diz que 'justiça ganhou'

Procurado pelos EUA por espionagem, Snowden conseguiu um asilo provisório por um ano

France Press
01/08/2013 às 09:33.
Atualizado em 25/04/2022 às 06:55
Edward Snowden é visto pela primeira vez após denúncias contra os EUA (France Press)

Edward Snowden é visto pela primeira vez após denúncias contra os EUA (France Press)

O ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden agradeceu à Rússia pela concessão de um asilo provisório de um ano e considerou que a justiça saiu vitoriosa, em suas primeiras declarações divulgadas nesta quinta-feira pelo Wikileaks. "Durante as oito últimas semanas vimos a administração Obama não demonstrar respeito algum pelas leis internacionais e nacionais, mas, no final das contas, a justiça ganhou. Agradeço à Rússia por ter me concedido o asilo, de acordo com suas leis e suas obrigações internacionais", disse Snowden, que deixou nesta quinta-feira o aeroporto de Moscou-Sheremetievo, onde estava confinado há mais de um mês. O Wikileaks, que difunde informações secretas e desempenhou um papel ativo nos vazamentos promovidos pelo americano especialista em informática, explicou que Snowden deixou o aeroporto "sob a tutela" de Sarah Harrison, conselheira judicial dessa organização que o acompanha desde que chegou a esse aeroporto. Segundo o Wikileaks, fundado por Julian Assange, Snowden e Harrison deixaram "o aeroporto juntos de táxi" e foram para um local "seguro e confidencial". "É uma nova vitória na guerra que (o presidente americano Barack) Obama trava contra aqueles que se dedicam a alertar. Esta batalha foi vencida, mas a guerra continua", declarou Assange. O pai de Snowden, Lon, também expressou sua gratidão à Rússia em uma entrevista concedida à rede pública russa de televisão Rossia 24. O ex-consultor dos serviços de inteligência americanos estava confinado desde 23 de junho na zona de trânsito do aeroporto de Moscou Sheremetievo. Washington exigiu em várias oportunidades a extradição de Snowden para os Estados Unidos, onde foi acusado de espionagem após suas revelações sobre a vigilância das comunicações mundiais realizada pelos Estados Unidos. Mas a Rússia de nega a extraditá-lo.

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