MERCADO

Smartphone se consolida como agência bancária

Cada vez mais brasileiros usam celular para transações e serviços

Das agências
05/05/2018 às 22:21.
Atualizado em 28/04/2022 às 07:48
Nada de agência: clientes brasileiros realizaram mais de 25 bilhões de transações bancárias pelo celular em 2017 (Divulgação)

Nada de agência: clientes brasileiros realizaram mais de 25 bilhões de transações bancárias pelo celular em 2017 (Divulgação)

O cliente bancário está cada vez mais migrando para os serviços de mobile banking (aplicativos de celular). A Pesquisa de Tecnologia Bancária 2018, feita pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), apontou um crescimento de 70% nas transações financeiras por aplicativos de celular no ano passado, impulsionado pelo pagamento de contas (85%), transferências/DOC/TED (45%), contratação de crédito (141%) e investimentos/aplicações (42%). Os clientes bancários realizaram 25,6 bilhões de transações via celular no ano passado, uma alta de 38% em relação a 2016. A modalidade já responde por 35% do total de 71,8 bilhões de operações bancárias registradas em 2017. A participação do celular no total das transações bancárias cresceu 3,5 vezes em relação a 2011, se firmando como a opção preferida para realizar operações bancárias. O internet banking (operações feitas por computador), por exemplo, não apresentou o mesmo crescimento das operações por celular. Foram realizadas 15,8 bilhões de transações (2%) por esse meio. Juntos, celular e internet banking contabilizam 5,3 bilhões de operações que envolveram movimentação financeira em 2017. No geral, os dois canais representam 58% de participação no total das operações (com ou sem movimentação financeira). Investimentos Os gastos dos bancos com tecnologia, seja com investimentos ou despesas, totalizaram R$ 19,5 bilhões no ano passado, representando uma alta de 5% em relação a 2016. Dessa forma, houve uma retomada no aumentos dos gastos, por parte dos bancos, após dois anos em queda: em 2016, foram R$ 18,6 bilhões, e em 2015, R$ 19,1 bilhões. Os valores, porém, seguem abaixo do recorde registrado em 2014, de R$ 21,4 bilhões. Apenas os investimentos dos bancos em 2017 atingiram R$ 6 bilhões, representando um incremento de 13% frente a 2016. Desse total, os aportes em software somaram R$ 3,5 bilhões, seguido por hardware (R$ 2,2 bilhões) e telecom (R$ 300 milhões). Pelo lado das despesas com tecnologia, houve crescimento de 1,5%, para R$ 13,5 bilhões, puxado pelos gastos com softwares (R$ 6,3 bilhões), hardware (R$ 4,1 bilhões) e telecom (R$ 3,1 bilhões). De acordo com a pesquisa, 59 milhões de clientes acessaram suas contas via celular nos últimos seis meses, frente a 40 milhões em 2016 e 33 milhões em 2015. Por outro lado, ocorreu uma redução no total de agências físicas no País, que ao final do ano passado somavam 21,8 mil unidades, ante 23,4 mil em 2016 e 22,9 mil de 2015. Junto com esse movimento, houve um decréscimo no total de caixas eletrônicos, que encerrou 2017 com aproximadamente 170 mil unidades, contra 176 mil de 2016 e 182 mil de 2015. Já o total de agências digitais saltou de 101 em 2016 para 373 em 2017. Para dar conta desse aumento, cerca de 80% dos bancos investem em tecnologias como inteligência artificial ou computação cognitiva. Em relação ao outros países, em dólares, os gastos com tecnologia aumentarem 15%, bem acima da média global, de 3,6%. A pesquisa contou com a participação de 24 bancos, representando 91% dos ativos do setor bancária do País. (Das agências)

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