Declaração da ONU aconteceu após o acordo entre Rússia e EUA para impedir um ataque americano
Secretário de Estado norte-americano, John Kerry afirmou que Síria pode ser alvo se não cumprir resolução (France Press)
A Síria enfrentará "sérias consequências" se a resolução do Conselho de Segurança da ONU que será adotada não for aplicada, afirmou o chanceler francês, Laurent Fabius.Estados Unidos, Grã-Bretanha e França desejam obter nos próximos dias uma "resolução forte" do Conselho de Segurança. "Uma resolução com a previsão de consequências sérias se não for aplicada", disse Fabius em uma entrevista coletiva ao lado dos chefes da diplomacia americana e britânica, John Kerry e William Hague. Os três se reuniram em Paris depois do acordo obtido no sábado por Rússia e Estados Unidos sobre o desarmamento químico da Síria. As autoridades sírias "estão pressionadas para que apliquem integralmente este acordo. O mundo deve estar disposto a tirar conclusões se não o fizerem", afirmou William Hague. Kerry também citou "consequências" se o presidente sírio Bashar al-Assad "não aplicar o acordo sobre as armas químicas". "Faremos todo o possível para ajudar o povo sírio a sair do caos e da violência", disse o secretário de Estado americano. Laurent Fabius anunciou paralelamente a organização na próxima semana em Nova York de uma "grande reunião internacional" ao redor da opositora Coalizão Nacional Síria. "Devemos fazer o regime compreender que não há mais perspectiva que a mesa de negociações e que para negociar uma solução política é necessária uma oposição forte", disse. "Contamos por isto reforçar nosso apoio à Coalizão Nacional Síria e com esta ideia será organizada em Nova York, por ocasião da Assembleia Geral das Nações Unidas, uma grande reunião com o organismo opositor", completou.