caixa 2

Serra pede a suspensão de investigação

Lava Jato Eleitoral identificou repasses irregulares de R$ 5 mi

Estadão Conteudo
Estadão Conteúdo
25/07/2020 às 12:12.
Atualizado em 28/03/2022 às 20:39
Defesa de Serra alega que provas não se referem à campanha eleitoral (Divulgação)

Defesa de Serra alega que provas não se referem à campanha eleitoral (Divulgação)

O senador José Serra (PSDB-SP) apresentou reclamação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender as investigações da Lava Jato Eleitoral, que miram repasses de R$ 5 milhões em caixa 2 para a campanha do tucano. Segundo a defesa de Serra, as investigações citam fatos relacionados ao atual mandato, violando o foro privilegiado. Serra foi alvo da Operação Paralelo 23, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira. As investigações tiveram como base a delação de Elon Gomes, empresário ligado à Qualicorp, que relatou repasses milionários para turbinar a campanha do tucano ao Senado em 2014. O fundador do conglomerado de saúde, José Seripieri Filho, foi preso. A defesa de Serra alega que a Justiça Eleitoral autorizou medidas que atingem fatos e acontecimentos posteriores às eleições de 2014. Como exemplo, citou que a Promotoria e a PF incluíram projetos e requerimentos da área da saúde referentes ao período de 2015 a 2020 ao pedir autorização para a operação. "O real propósito daquela apuração é investigar o parlamentar por crimes supostamente praticados no desempenho de sua atividade como congressista e diretamente relacionados à fundação parlamentar", afirmaram os advogados do tucano. A reclamação de Serra, ingressada agora ao STF, está sob relatoria do ministro Gilmar Mendes. A defesa do tucano pede que as investigações sejam suspensas e o caso remetido ao Supremo. A prerrogativa de foro privilegiado foi usada pelo presidente do STF, Dias Toffoli, ao barrar buscas da PF no gabinete de Serra, em Brasília, durante a operação. O ministro considerou a diligência ampla demais, com risco de atingir documentos e informações relativas à atuação de Serra como senador. O entendimento do STF delimitou o foro privilegiado apenas a crimes cometidos por autoridades no exercício do mandato e em função do cargo, o que não é o caso do tucano, cujas apurações miram a campanha de 2014, segundo a Promotoria Eleitoral. O senador José Serra lamentou o que chamou de 'espetacularização' da operação da PF e negou ter recebido caixa 2.

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