Já estão em Lima: José Mujica (Uruguai), Ramotar Donald (Guiana) e Desiré Delano Bouterse (Suriname)
Alguns dos presidentes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) se reúnem nesta sexta (30), em Lima, no Peru, durante a Cúpula dos Chefes de Estado e Governo da Unasul para definir as metas e prioridades para a próxima etapa dos trabalhos do grupo. A ideia é aliar a inclusão social ao crescimento econômico e ao desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação.
A presidenta Dilma Rousseff cancelou a participação na cúpula por questões de agenda interna. Os presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela) também estarão ausentes.
Já estão em Lima os presidentes José Mujica (Uruguai), Ramotar Donald (Guiana), Desiré Delano Bouterse (Suriname) e o vice-presidente brasileiro Michel Temer, que representa Dilma na cúpula. Para hoje são esperados os presidentes Rafael Correa (Equador), Sebastián Piñera (Chile) e Evo Morales (Bolívia).
Na quinta (29) os ministros das Relações Exteriores da Unasul definiram que deve ser criado um mecanismo para a resolução de disputas de investimentos. Mas o tema ainda tem de ser discutido e aprovado pelos presidentes de países da região.
Também há a proposta de apresentar uma posição comum sobre temas específicos, como o sugerido pelo governo do Equador, para reformar o Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanas (OEA)
O presidente do Peru, Ollanta Humala, ofereceu ontem (29) um jantar para os presidentes sul-americanos. No jantar, ele disse que a Unasul deve servir também para articular políticas e troca de experiências sobre a melhor forma de combater a pobreza e a promoção social na região.
Humala lembrou que a América do Sul é mais “desigual” do que pobre e que o esforço para combater essa característica da região deve ser coletivo. "Atualmente o povo sul-americano espera muito de nós, por isso é importante a Unasul porque a nossa história é de esperança e é por isso que nós temos que trabalhar", disse ele.
Na reunião ontem os ministros das Relações Exteriores da Unasul analisaram também as propostas apresentadas pelos conselhos de defesa, de economia, de saúde, de desenvolvimento social, de energia, educação, ciência, tecnologia e inovação e combate ao tráfico de drogas.
DESFALQUE
A presidente argentina, Cristina Kirchner, não viajará à Cúpula da Unasul que se reúne nesta sexta-feira em Lima por apresentar "um quadro de lombalgia", informaram os médicos da presidente.
A presidente Kirchner "apresenta um quadro de lombalgia, razão pela qual foi recomendado que não realize a viagem à cidade de Lima, Peru, onde será realizada a reunião da Unasul" (União de Nações Sul-Americanas), afirma um comunicado assinado pela Unidade Médica Presidencial.
Por conselho de seus médicos, Kirchner, de 59 anos, tampouco participou no dia 17 de novembro da Cúpula Ibero-Americana realizada na cidade espanhola de Cádiz.
À margem do quadro de lombalgia, a chefe de Estado sofreu vários episódios de hipotensão, o último deles no fim de outubro.
Em janeiro, menos de um mês depois de ter assumido seu segundo mandato, a chefe de Estado foi submetida a uma operação de retirada da glândula tireoide, embora finalmente tenha sido constatado que não sofre com o câncer que havia sido diagnosticado inicialmente.