A seleção de futebol do Catar deixou Doha neste sábado e viajou para os Emirados Árabes Unidos, que sediará a Copa da Ásia em meio às tensões políticas entre os vizinhos do Golfo Pérsico
A seleção de futebol do Catar deixou Doha neste sábado e viajou para os Emirados Árabes Unidos, que sediará a Copa da Ásia em meio às tensões políticas entre os vizinhos do Golfo Pérsico.A participação da seleção do pequeno emirado acontece em um momento muito sensível. Emirados Árabes Unidos, anfitrião do torneio, Arábia Saudita e Bahrein impõe um boicote político e econômico a Doha desde junho de 2017.Tanto os dirigentes como os jogadores prometeram deixar a política de lado durante o torneio, que terá duração de quase um mês."Ao final das contas, isso é futebol", declarou à AFP Saad Al Sheeb, goleiro do Catar. "Nos controlamos e jogamos futebol", continuou.Em 17 de janeiro, Arábia Saudita e Catar se enfrentam em Abu Dhabi, um confronto repleto de rivalidade.Para viajar aos Emirados, a delegação catariana precisa fazer escala no Kuwait devido ao boicote que impede voos diretos de Doha.O primeiro jogo do Catar na Copa da Ásia acontecerá na próxima quarta-feira (9) contra o Líbano.No grupo E, os catarianos também enfrentarão Coreia do Norte (13), antes do confronto contra os sauditas.Abu Dhabi, Riad e Manama acusam Doha de apoiar grupos terroristas e de estreitar relações com o Irã.O Catar desmente as acusações e acusa os vizinhos de querer provocar uma mudança de regime em seu emirado.O vice-presidente da Federação Catariana e da Confederação Asiática de Futebol (AFC), Saud Al-Mohannadi, chegou na sexta-feira em Abu Dhabi, depois de ter tido a entrada recusada no país na véspera.Cinco jornalistas com base no Catar foram obrigados a voltar a Doha depois de terem sido detidos por treze horas no aeroporto de Dubai.dwo/smr/am