A gigante sul-coreana Samsung Electronics anunciou nesta sexta-feira um lucro líquido recorde de 6,56 trilhões de wones (5,97 bilhões de dólares, 4,61 bilhões de euros) no terceiro trimestre, em alta de 91%, graças ao sucesso de seus produtos de forte valor agregado, os smartphones e telas de TV.
Apesar da má conjuntura econômica, a número um dos celulares registrou uma alta de 26% em seu volume de negócios no período julho-setembro, totalizando 52,18 trilhões de wones (47,48 bilhões de dólares ou 36,7 bilhões de euros) frente aos 41,27 trilhões do mesmo trimestre de 2011.
"As condições do mercado permaneceram difíceis, com incertezas persistentes sobre a economia mundial relacionadas aos problemas orçamentários nos Estados Unidos e na Europa", indicou o vice-presidente do grupo, Robert Yi, em um comunicado. "Mas batemos de novo nosso recorde de lucros trimestrais", comemorou.
A Samsung não informou o número de telefones vendidos no período, mas este deve ter superado as 50 milhões de unidades vendidas no trimestre anterior, já que o Galaxy 3S inundou o mercado a partir de julho.
Segundo a consultoria IDC, citada pela agência Dow Jones, a empresa sul-coreana teria vendido 56,3 milhões de telefones inteligentes, com uma parcela de mercado de 31,3%, frente aos 15% da americana Apple.
O lucro de exploração trimestral, também histórico, quase duplicou em um ano, para 8,12 trilhões de wones, 91% a mais que no mesmo período do ano anterior.
O Ebitda manteve sua progressão acima dos 20%, ao se estabecer em 23%, 5 pontos a mais na comparação anual, graças à contenção de despesas que avançou menos (+15%) que suas receitas.
O recorde anterior era do segundo trimestre do exercício atual, com lucros de operações de 6,7 trilhões de wones.
A divisão Mobile Communications, que reúne os telefones, gerou 26,5 trilhões de wones de receitas no trimestre, ou seja, mais da metade do volume de negócios do grupo.
Também aumentaram as vendas de telas (para televisão e tablets com tela de toque), em particular as de alta resolução, graças a uma forte demanda dos países emergentes próximo às festas natalinas.
