INTERNACIONAL

Rússia convida curdos para congresso da paz sobre a Síria

Os curdos foram convidados para o congresso da paz para a Síria, previsto para 30 de janeiro na estância balneária russa de Sochi - informou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, nesta segunda-feira (22)

AFP
22/01/2018 às 09:40.
Atualizado em 22/04/2022 às 08:11

Os curdos foram convidados para o congresso da paz para a Síria, previsto para 30 de janeiro na estância balneária russa de Sochi - informou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, nesta segunda-feira (22)."Não há dúvida de que o papel dos curdos no processo subsequente de solução política deve ser garantido", declarou Lavrov a jornalistas, apesar da relutância da Turquia de incluir os curdos no processo de paz."É por isso que representantes curdos foram incluídos na lista dos sírios convidados para o Congresso do diálogo nacional sírio" em Sochi, ressaltou Lavrov.Organizado com o objetivo de reunir representantes do governo sírio e da oposição a fim de buscar uma solução pacífica para a guerra síria, o Congresso é uma iniciativa de Rússia e Irã, aliados de Damasco, assim como da Turquia, que apoia os rebeldes.A declaração russa ocorre em um momento de tensão no terreno.No sábado (20), a Turquia lançou uma operação batizada "Ramo de oliveira" no norte da Síria contra uma milícia curda - as Unidades de Proteção do Povo (YPG) - considerada por Ancara como uma organização terrorista, mas aliada dos Estados Unidos na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).Nesse contexto, Sergei Lavrov acusou os Estados Unidos, nesta segunda-feira, de encorajarem o separatismo curdo com seu projeto de treinar uma "força" de combatentes curdos no norte da Síria."Ou (os americanos) não entendem a situação, ou é uma provocação consciente", disse Lavrov, chamando o projeto da coalizão internacional de "interferência grosseira nos assuntos internos" da Síria.A coalizão internacional liderada por Washington anunciou no domingo (14) que está trabalhando para criar uma "força de fronteira" de 30.000 soldados no norte da Síria, quase metade deles das fileiras das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança de combatentes curdos e árabes na vanguarda da luta contra o EI.O anúncio irritou a Turquia, porque as FDS são dominadas por uma milícia curda considerada por Ancara como a extensão na Síria do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), em rebelião contra as autoridades turcas desde 1984.Desde então, o Pentágono tem-se esforçado para assegurar que não se trata de um "novo Exército", mas apenas de um treinamento de "forças de segurança locais".Hoje (22), o Kremlin indicou que "acompanha de forma atenta" o curso da operação turca no norte da Síria e a situação humanitária nesta região, assegurando estar em contato com Damasco e com Ancara.Para a Rússia, "o princípio fundamental continua sendo o da integridade territorial da Síria", ressaltou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.or-mp-all/gmo/lch/mr/tt

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