rio são francisco

Rompimento tira 2 mil de suas casas

Vazamento ocorreu na última sexta-feira em um dos condutos da barragem de Jati no eixo norte

Estadão Conteudo
Estadão Conteúdo
23/08/2020 às 12:43.
Atualizado em 28/03/2022 às 17:59
Ministério do Desenvolvimento Regional informou que a evacuação dos moradores que residem em um raio de dois quilômetros foi realizada de "forma preventiva" (Captura de Imagens/Redes Sociais)

Ministério do Desenvolvimento Regional informou que a evacuação dos moradores que residem em um raio de dois quilômetros foi realizada de "forma preventiva" (Captura de Imagens/Redes Sociais)

Cerca de 2 mil pessoas precisaram sair de casa após o rompimento de um dos condutos da barragem de Jati, no município homônimo, no Ceará, na última sexta-feira. A obra faz parte do eixo norte da transposição do Rio São Francisco, cujo trecho teve as comportas abertas na última quinta-feira, pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Segundo o governo, o vazamento foi contido. Marinho retornou à Jati ontem, para avaliar os danos causados pelo rompimento. "Farei uma visita ao local acompanhado do Secretário Nacional de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas. Vamos à barragem para avaliar os danos causados pelo vazamento. Cabe ressaltar que o trabalho de recuperação já foi iniciado", afirmou no Twitter. Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que a evacuação dos moradores que residem em um raio de dois quilômetros foi realizada de "forma preventiva" e "zelando pela preservação de vidas em primeiro lugar". Imagens divulgadas em redes sociais mostram que o rompimento causou a vazão de grande quantidade de água. Segundo a pasta, pela falta de iluminação durante a noite e a madrugada, houve uma "dificuldade de avaliação técnica da estrutura" e, por isso, a "prioridade foi garantir a segurança" da população. O volume de água atingiu a rede elétrica que atende a estrutura, o que exigiu a instalação de um gerador para garantir o fechamento da comporta. Horas antes, o governo havia comunicado que engenheiros e a Defesa Civil tinham avaliado que não havia riscos à infraestrutura e às regiões do entorno. O ministério informou, ainda, que as famílias ficarão em hotéis, pousadas, alojamentos e casas de familiares e amigos "até que sejam feitas todas as avaliações técnicas das estruturas do reservatório". "A medida segue o Plano de Ação Emergencial (PAE) elaborado para o empreendimento. Os moradores estão sendo informados por meio de carros de som e por profissionais da defesa civil local e da empresa operadora, que também estão indo diretamente às residências", informo a nota. A barragem faz parte do trecho 1 (Jati-Cariús) do chamado Cinturão das Águas do Ceará. Na quinta-feira, Marinho foi à Jati acionar as comportas para permitir a passagem das águas. Segundo o governo, o reservatório chegou a 94,8% da capacidade nesta semana e vai garantir o abastecimento de 4,5 milhões de pessoas da região metropolitana de Fortaleza. "Também visitaremos as famílias que foram obrigadas a sair de suas casas, atendendo às medidas de segurança previstas no Plano de Ação Emergencial. Tomamos todas as medidas necessárias para preservar as vidas em primeiro lugar. O vazamento foi contido ainda na noite passada", também afirmou o ministro em rede social. Ele declarou, ainda, que estará em contato permanente com o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e com a prefeita de Jati, Neta de Toim (PMDB), a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

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