INTERNACIONAL

Putin quer 'virar a página' nas relações com GB após escândalo de espionagem

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta quinta-feira (6) para "virar a página no que se refere a espiões" nas relações com o Reino Unido, afetadas por vários escândalos, entre eles o envenenamento em março de 2018 do ex-agente Serguei Skripal

AFP
06/06/2019 às 15:31.
Atualizado em 30/03/2022 às 21:11

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta quinta-feira (6) para "virar a página no que se refere a espiões" nas relações com o Reino Unido, afetadas por vários escândalos, entre eles o envenenamento em março de 2018 do ex-agente Serguei Skripal.Londres reagiu imediatamente, afirmando que para "ter uma relação diferente (...) Moscou deve mudar seu comportamento"."No fim de contas, é preciso virar página no referente aos espiões e aos ataques", disse Putin durante uma reunião com diretores de agências de notícias em São Petersburgo, onde está sendo celebrado um fórum econômico.Em 2006, o ex-espião e dissidente russo Alexandre Litvinenko foi envenenado em Londres em 2006 com polônio-210, uma substância radioativa.As relações diplomáticas entre Londres e Moscou se deterioraram ainda mais no ano passado após outro caso: o envenenamento com Novitchok, uma substância neurotóxica, do ex-agente duplo russo Serguei Skripal e sua filha Yulia em Salisbury, no sul da Inglaterra, que Londres atribuiu à Rússia, embora Moscou tenha negado categoricamente."Não somos nós que espionamos com esse personagem que supostamente foi envenenado em Salisbury. Era o agente de vocês, não o nosso. O que quer dizer que são vocês que nos espionaram", explicou Putin.Skripal e sua filha sobreviveram após serem hospitalizados durante várias semanas."Os temas globais vinculados com os interesses comuns a nossos dois países nas esferas econômica, social e de segurança são mais importantes do que os jogos dos serviços especiais", disse Putin."Somente podemos ter uma relação diferente se a Rússia mudar seu comportamento", advertiu uma porta-voz da primeira-ministra Theresa May. E, em relação ao caso de Skripal afirmou: "foi um ato lamentável e uma clara violação da convenção sobre armas químicas".pop/gmo/me/age/jz/cc

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