A confusão ocorreu na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A Tropa de Choque foi acionada para acabar com a manifestação. Por volta de 20h, caminhões da PM entraram na avenida para jogar água na barricada de fogo
Manifestação contra o governo interino de Michel Temer, na avenida Paulista. (PAULO PINTO)
Policiais militares usaram bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes contrários ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff que protestavam na Avenida Paulista, em São Paulo, nesta segunda-feira. A confusão ocorreu na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A Tropa de Choque foi acionada para acabar com a manifestação. Por volta de 20h, caminhões da PM entraram na avenida para jogar água na barricada de fogo feita pelos manifestantes, que queimaram sacos de lixo. Bombas também foram jogadas. Pessoas se abrigaram em lojas para fugir da confusão. Em seguida, a polícia passou a descer a Rua da Consolação atrás dos manifestantes. Na altura da Praça Roosevelt, mais bombas foram lançadas pelos policiais. Os últimos participantes do ato se dispersaram às 20h30. No Rio, cerca de 300 pessoas estavam reunidas por volta das 19h de ontem em outro ato contra o impeachment, em frente à Igreja da Candelária. Enquanto isso, José Miguel Vivanco, diretor-executivo para as Américas da Human Rights Watch, entidade de defesa dos direitos humanos com sede em Washington, “não vê futuro” na ação que o PT abriu na Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), denunciando um “golpe” no Brasil. “Nunca o caracterizamos como golpe, nem o faremos”, disse.