INTERNACIONAL

Procuradoria faz operação em casa de pessoas próximas a Keiko Fujimori por Odebrecht

Procuradores peruanos fizeram uma operação nesta terça-feira (6) nas casas de dois dirigentes fujimoristas apontados por um ex-chefe da empresa Odebrecht por terem recebido uma contribuição de um milhão de dólares para a campanha de Keiko Fujimori em 2011, informaram fontes judiciais

AFP
06/03/2018 às 14:40.
Atualizado em 22/04/2022 às 16:33

Procuradores peruanos fizeram uma operação nesta terça-feira (6) nas casas de dois dirigentes fujimoristas apontados por um ex-chefe da empresa Odebrecht por terem recebido uma contribuição de um milhão de dólares para a campanha de Keiko Fujimori em 2011, informaram fontes judiciais.As casas de Jaime Yoshiyama, um dos fundadores do partido Força Popular, e de Augusto Bedoya, foram inspecionadas pelos procuradores com a autorização da Justiça.Os dois foram assinalados na semana passada pelo ex-chefe da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, como as pessoas a quem entregou um milhão de dólares em espécie para a campanha de Keiko, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000). As operações foram lideradas pelo procurador de lavagem de dinheiro José Domingo Pérez Gómez, que investiga Keiko, líder do Força Popular (direita populista), por contribuições ilegais a suas campanhas de 2011 e 2016. Os procuradores buscam documentos que confirmem o recebimento do dinheiro, de acordo com as fontes.O site do jornal El Comercio disse que os procuradores buscavam em ambas as casas "livros ou registros vinculados ao partido Força Popular" que confirmem o recebimento da contribuição da Odebrecht.Yoshiyama disse na segunda-feira à imprensa que havia enviado um ofício à Procuradoria para pedir que o interrogassem para dar seu depoimento. Barata confessou a procuradores peruanos em São Paulo que também havia dado contribuições às campanhas de outros candidatos em 2011: Ollanta Humala (2011-2016), Alejandro Toledo (2001-2006) e Pedro Pablo Kuczynski, atual presidente peruano.Todos os políticos peruanos negaram ter recebido dinheiro da Odebrecht, empresa acusada de entregar presentes a políticos e funcionários em diferentes países latino-americanos.O ex-chefe da Odebrecht disse que, além de um milhão de dólares entregues a Yoshiyama e Bedoya, fez outra contribuição de 200 mil dólares para Keiko por meio da organização da cúpula dos empresários peruanos, a Confiep.Na quinta-feira, os procuradores fizeram uma operação na sede da Confiep (Confederação Nacional de Instituições Empresariais Privadas), em busca da documentação sobre a suposta contribuição para Keiko.O sindicato empresarial rejeitou as declarações de Barata, assinalando que "a Confiep, sendo um sindicato empresarial, não apoia campanhas nem partidos políticos".rc/fj/lp/cb

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