O CGN discutirá ainda nesta terça a composição do governo antes de votar a favor ou contra
O primeiro-ministro líbio, Ali Zidan, propôs nesta terça-feira à Assembleia Nacional um governo com uma base ampliada de 30 ministros, entre eles duas mulheres, no qual os partidos liberais e islâmicos sejam representados.
Os ministérios soberanos foram confiados a independentes, de acordo com Zidan, que discursou para os 200 membros do Congresso Geral Nacional (CGN).
"Tomei a decisão de nomear independentes à frente dos ministérios de soberania: Relações Exteriores, Cooperação Internacional, Finanças, Justiça, Interior e Defesa", disse Zidan.
Assim, dois oficiais experientes da cidade de Benghazi foram sugeridos para ocuparem respectivamente os ministérios do Interior e da Defesa.
No ministério do Interior, Zidan nomeou Achour Chwayel, 58 anos, doutor em direito que trabalhava na polícia há 35 anos.
A pasta da Defesa foi concedida a Mohamed al-Barghathi, 71 anos, um piloto de guerra aposentado desde 1994 e que foi um dos primeiros oficiais a se juntar à rebelião após a eclosão da revolta em Benghazi, em fevereiro de 2011.
O ministério das Relações Exteriores foi confiado ao embaixador da Líbia nos Estados Unidos, Ali al-Oujli.
Abdelbari Al-Arsi, doutor em meio ambiente da cidade de Zawiyah, foi indicado para o ministério estratégico do Petróleo.
Zidan também propôs a criação de um novo ministério de Turismo, o primeiro neste país ultraconservador, liderado por uma mulher, Ikram Bach Imam.
O CGN discutirá ainda nesta terça-feira a composição do governo antes de votar a favor ou contra.
Ali Zeidan, um ex-opositor ao regime de Muammar Kadhafi, foi eleito em 14 de outubro como primeiro-ministro pelo CGN.