OPERAÇÃO

Primeiro-ministro líbio é libertado após sequestro

Porta vez do governo frisou que Ali Zeidan foi 'libertado e não colocado em liberdade'

France Press
10/10/2013 às 07:44.
Atualizado em 25/04/2022 às 00:43
O primeiro-ministro, de 63 anos, foi sequestrado no hotel Corinthia de Trípoli, onde mora (France Press)

O primeiro-ministro, de 63 anos, foi sequestrado no hotel Corinthia de Trípoli, onde mora (France Press)

O primeiro-ministro líbio, Ali Zeidan, foi libertado nesta quinta-feira (10), depois de ter sido sequestrado por uma brigada de ex-rebeldes, que o manteve em detenção por várias horas, informou à AFP o ministério das Relações Exteriores. "Zeidan foi libertado. Mas ainda não temos informações detalhadas sobre as circunstâncias da libertação", disse o chanceler Mohamed Abdelaziz. O porta-voz do governo, Mohamed Kaabar, confirmou a libertação de Zeidan e insistiu que o primeiro-ministro foi "libertado e não colocado em liberdade pelos sequestradores", dando a entender que uma operação foi executada para liberar o político. Kaabar disse que o chefe de Governo está em bom estado de saúde. Antes do anúncio da libertação, o vice-premier líbio, Al Seddik Abdelkarim, chamou o sequestro de "ato criminoso" e afirmou que o governo não cederia à chantagem de ninguém. Durante a manhã, o governo líbio informou em um comunicado que o primeiro-ministro havia sido levado para um "local desconhecido, por razões desconhecidas, por um grupo" de ex-rebeldes. A 'Célula de Operações dos Revolucionários da Líbia', uma brigada de luta contra o crime, vinculada de forma oficiosa ao ministério do Interior, anunciou que tinha em seu poder o chefe de Governo por "ordem da procuradoria". Zeidan foi detido em aplicação aos artigos relativos aos "crimes e delitos prejudiciais para o Estado e para a segurança do Estado", destacou a brigada, vinculada aos ministérios da Defesa e Interior, mas não de forma oficial. O governo da Grã-Bretanha e a Otan condenaram rapidamente o sequestro e exigiram a libertação imediata de Zeidan, assim como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O primeiro-ministro, de 63 anos, foi sequestrado no hotel Corinthia de Trípoli, onde mora, segundo uma fonte ligada ao político. "Vários homens armados entraram no hotel na manhã desta quinta-feira. Mas não entendemos o que estava acontecendo", disse à AFP um funcionário do estabelecimento. O sequestro aconteceu cinco dias depois da captura em Trípoli do líbio Abu Anas al-Libi por uma unidade militar americana. A operação provocou a revolta dos grupos de ex-rebeldes e de partidos políticos, deixando o governo líbio em situação difícil. Trípoli classificou a ação de "sequestro" e afirmou que não estava a par da ação. As autoridades líbias pediram na terça-feira ao governo americano a entrega imediata de Abu Anas al-Libi. Um dia depois da operação, a Célula de Operações Revolucionárias da Líbia anunciou em um comunicado entrava em "estado de alerta máximo ante os atentados à soberania do país cometidos por serviços secretos estrangeiros". O grupo negou, no entanto, qualquer tipo de relação entre a "detenção" de Zeidan e a captura de Abu Anas, segundo a imprensa local. Zeidan, considerado liberal, é primeiro-ministro há um ano. Veja também Líbia pede explicações por 'rapto' de líder da Al Qaeda Abu Anas Al Libi era procurado pelos atentados de 1998 contra embaixadas americanas na África Ataque a posto de controle mata 16 soldados na Líbia As forças de segurança líbias, em pleno processo de formação, são alvos frequentes de ataque Jornalista da TV líbia assassinado em Benghazi Kussad, médico de formação, trabalhou na rádio Al Manara FM antes de incorporar-se ao Libya al Hurra

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