O líder ucraniano disse que deu a ordem de retirada na terça-feira e que se dirigia à linha de frente para se encontrar com os que deixaram Debaltsev
Alguns incidentes foram registrado neste domingo, mas início do cessar-fogo foi considerado satisfatório (Anatolii Stepanov/France Press)
O exército se retira de Debaltsev, depois de 10 dias de combates violentos com os separatistas pró-Rússia nesta cidade do leste da Ucrânia, afirmou nesta quarta-feira o presidente ucraniano, Petro Poroshenko."Esta manhã, as Forças Armadas ucranianas e a Guarda Nacional concluíram a operação de retirada planejada e organizada de nossas unidades militares de Debaltsev", disse Poroshenko."Neste momento, 80% de nossas unidades saíram, ainda esperamos dois comboios", completou.O líder ucraniano disse que deu a ordem de retirada na terça-feira e que se dirigia à linha de frente para se encontrar com os que deixaram Debaltsev."Estas ações confundiram a Rússia, que ontem apenas pedia que os soldados ucranianos depusessem as armas, carregassem a bandeira branca e se rendessem", disse Poroshenko.A Rússia e os rebeldes alegam ter cercado nesta localidade 8.000 soldados ucranianos, mas Kiev jamais admitiu que suas tropas estivessem cercadas.Os separatistas reivindicam o controle de 80% da cidade, localizada entre Lugansk e Donetsk, dois redutos dos insurgentes.Nesta quarta-feira, a União Europeia declarou que a tomada de Debaltsev pelos separatistas pró-russos é uma clara violação do cessar-fogo acordado na semana passada em Minsk e exigiu que os rebeldes detenham todas as suas atividades militares."A Rússia e os separatistas devem aplicar plenamente e de forma imediata os compromissos adotados em Minsk (...) começando pelo respeito ao cessar-fogo e pela retirada de todas as armas pesadas", insistiu a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, em um comunicado.