neste domingo

Presidente será submetido à 4ª cirurgia após facada

O procedimento é considerado delicado, mas com boas expectativas de recuperação

Estadão Conteúdo
correiopontocom@rac.com.br
07/09/2019 às 19:30.
Atualizado em 30/03/2022 às 12:42

O presidente Jair Bolsonaro deixou Brasília na noite deste sábado, 7, rumo a São Paulo, onde ficará internado para correção da hérnia incisional, a quarta cirurgia a que se submete após ter sido esfaqueado há um ano em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral. O procedimento, que está previsto para ocorrer neste domingo, 8, no Hospital Vila Nova Star, é considerado delicado, mas com boas expectativas de recuperação, de acordo com especialistas ouvidos pela reportagem Segundo o médico que realizou cirurgias no presidente e que estará à frente da próxima, o cirurgião geral da Rede D’Or São Luiz Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, o aparecimento de uma hérnia incisional é algo que pode ocorrer em casos de cirurgias não planejadas, como a que foi realizada em Bolsonaro após a facada, e é comum em pacientes submetidos a vários procedimentos cirúrgicos na região. "Tudo isso é consequência das cirurgias. O tecido ficou enfraquecido, cedeu a sutura e surgiu essa hérnia. Vamos abrir a pele e a gordura, soltar a área que está enfraquecida e vamos aproximá-la mediante a colocação de uma tela de polipropilmeno para reforçar o tecido. A cirurgia não é longa, mas é delicada, o paciente recebe anestesia geral. A recuperação é boa, porque a gente trabalha fora do abdômen. No dia seguinte, (o paciente) já está andando", disse. A região enfraquecida é chamada de aponeurose, que está presente em toda a região abdominal. "É uma camada dura, contínua e branca que protege todos os órgãos abdominais. A tela vai ficar na região e formar uma fibrose. Fica mais resistente e não deixa que forme mais hérnias", explica Marcos Hyppolito, cirurgião geral e coloproctologista do Hospital Sírio Libanês. "As hérnias incisionais são derivadas de cirurgias anteriores. Abre um buraco na linha da cirurgia. A alça do intestino pode ir para lá e ficar encarcerada. Isso pode causar diminuição do fluxo de sangue e até necrose." Vice A previsão é de que Bolsonaro repouse por dez dias em São Paulo. Ainda assim, ele pretende montar um gabinete no hospital e voltar a despachar cinco dias após a operação. Com a cirurgia, o vice Hamilton Mourão deve responder pela Presidência de Domingo até quinta-feira e pessoas próximas ao presidente avaliam que a passagem dele pelo cargo não deve ser turbulenta, mas mantêm a vigília sobre o general. Segundo assessores de Mourão, o general não deve participar de grandes eventos ou assinar atos de impacto na passagem pela Presidência, como fez em janeiro. À época, Mourão editou decreto para ampliar poderes de impor sigilo a documentos públicos. O texto foi sustado por decisão na Câmara no mês seguinte. O deputado Marco Feliciano (Podemos-SP) chegou a apresentar em abril pedido de impeachment contra o general, sob acusação de "conspirar" para conseguir o cargo de Bolsonaro. Procurado, Feliciano disse que Mourão está em nova fase, mas afirma que permanece "de olho" no general. "A nova postura do vice é aquela esperada desde o início do mandato: respeito ao presidente." Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em agosto, Mourão disse não estar "calado". "Eu estou apenas cuidando do meu quadrado."

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