INTERNACIONAL

Presidente do Equador confirma saída de vice por caso Odebrecht

O presidente do Equador, Lenin Moreno, confirmou nesta quarta-feira (3), que seu vice-presidente, Jorge Glas, perdeu o cargo a partir de sua prisão, há três meses, por receber propina da Odebrecht

Estadão Conteúdo
03/01/2018 às 16:50.
Atualizado em 22/04/2022 às 11:32

O presidente do Equador, Lenin Moreno, confirmou nesta quarta-feira (3), que seu vice-presidente, Jorge Glas, perdeu o cargo a partir de sua prisão, há três meses, por receber propina da Odebrecht."De acordo com o que diz a Constituição, o senhor vice-presidente da República, Joge Glas, deixou suas funções", disse Moreno à imprensa na casa de governo, acrescentando que a lei dá a ele 15 dias para apresentar ao Parlamento um trio de candidatos para eleger um sucessor."Vou demorar bastante menos porque um país não pode passar sem um vice-presidente", afirmou o presidente, eleito junto com Glas para um mandato de quatro anos."Estamos pedindo as certificações" a organismos competentes para "verificar que estamos atuando dentro do correto" para apresentar o trio, assinalou o chefe de Estado.Glas, que ocupava a vice-presidência do Equador desde 2013, perdeu o cargo à meia-noite de terça-feira diante da "falta definitiva" (por mais de três meses) no exercício do cargo, segundo prevê a Constituição.Com 48 anos e que também ocupava a direção de setores estratégicos no governo do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), Glas se converteu no funcionário na ativa de mais alto cargo condenado pelo megaescândalo de corrupção da Odebrecht na América Latina.Foi sentenciado em dezembro a seis anos de prisão por receber 13,5 milhões de dólares em propinas.O agora ex-vice-presidente permanece em uma prisão de Quito desde 2 de outubro passado pelo escândalo de corrupção da Odebrecht, à espera da notificação por escrito da sentença para poder apelar.A Carta Magna estabelece que em caso de falta definitiva do vice-presidente, o Congresso - no qual o majoritário bloco governista está dividido por uma briga de poder - escolherá seu substituto com o voto da maioria (69 dos 137 deputados) entre os três nomes apresentados pelo presidente.Se o Parlamento, que também tramita um pedido de julgamento político contra Glas por parte da oposição e apoiado por deputados da ala morenista, não se pronunciar em 30 dias, será entendido como escolhido o primeiro da lista.

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