Estados Unidos, Grã-Bretanha e Noruega denunciaram nesta terça-feira as decisões dos militares no poder no Sudão que colocam em risco uma "transição ordenada" para um governo civil
Estados Unidos, Grã-Bretanha e Noruega denunciaram nesta terça-feira as decisões dos militares no poder no Sudão que colocam em risco uma "transição ordenada" para um governo civil. Ao reprimir protestos com violência "o Conselho Militar de Transição colocou o processo de transição e paz no Sudão em risco", destacaram os três países em um comunicado conjunto."O povo do Sudão merece uma transição ordenada, liderada por civis, que possa estabelecer as condições para eleições livres e justas, em vez de ter eleições precipitadas impostas pelas forças de segurança do CMT (Conselho Militar de Transição).Ao menos 35 pessoas morreram na segunda-feira quando o Exército dispersou manifestantes que se concentravam diante do Quartel-General das Forças Armadas para exigir a instauração de um governo civil. O CMT destituiu o veterano presidente Omar al Bashir em abril, após meses de protestos contra seu regime autoritário, e acertou um período de transição de três anos para a posse de uma administração civil, criticado pelos manifestantes por ser demasiado longo. Mas o general Abdel Fatah al Burhan anunciou nesta terça-feira que o plano foi abandonado e convocou eleições no prazo de nove meses sob "supervisão regional e internacional"."Fazemos um apelo para uma transferência de poder acordada para um governo liderado por civis, como exige o povo do Sudão", destacaram Estados Unidos, Grã-Bretanha e Noruega.sct/it/lr